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Mundo

Autores dos atentados de 1999 em Moscou são condenados

Arquivo Geral

09/12/2009 0h00

O Tribunal Municipal de Moscou condenou hoje a 25 e a 15 anos de prisão o organizador e o autor de dois atentados ocorridos em agosto de 1999 na capital russa e relacionados ao conflito na separatista da Chechênia.


A corte considerou culpados de terrorismo os acusados, Khalid Khuguyev e Magomadzair Gadzhiakayev, e condenou também ao pagamento de mais de 8 milhões de rublos (US$ 265 mil) para indenizar as vítimas, oito civis e duas casas seguradoras.


O promotor Aleksandr Remezov explicou à imprensa que Khuguyev foi reconhecido como organizador de ambos os atentados – embora tenha também outra pena de prisão, mais dois anos por outro caso -, e Gadzhiakayev como seu executor.


“Estamos satisfeitos com a sentença do tribunal, que coincide com a pena que pedíamos”, disse o promotor, enquanto o advogado dos terroristas, Shamil Mamayev, afirmou que apelará a sentença por ser “cruel demais”, conforme a agência “Interfax”.


O primeiro atentado ocorreu em 26 de abril de 1999 no hotel Inturist, a 300 metros do Kremlin, e deixou 11 feridos, e o segundo em 31 de agosto do mesmo ano em uma galeria comercial da mesma região, deixando 40 feridos e um morto.


Segundo a página digital do Serviço Federal de Segurança russo (FSB, ex-KGB), Khuguyev, detido no final de 2002, era militante ativo da guerrilha chechena e financeiro do líder militar, Shamil Basayev, terrorista número um da Rússia.


Gadzhiakayev, detido no ano passado, foi acusado de fabricar por ordem de Basayev a bomba que colocou na planta 20 do Inturist frente ao escritório do cantor russo Iosif Kobzon, que patrocinava uma organização beneficente que atendia crianças chechenas.


Além disso, ambos os acusados prepararam e executaram o atentado na galeria comercial subterrânea sob a praça Maniezh, onde colocaram uma bomba em uma sala de jogos.


De acordo com informações da imprensa, os atentados teriam sido motivados pela recusa de Kobzon e do empresário checheno Umar Dzhabrailov, proprietário da companhia Praça que administrava a galeria comercial, de pagar o “imposto revolucionário” à guerrilha separatista da Chechênia.



 

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