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Atirador mata 8 pessoas em centro de operações da FedEx nos EUA

O caso ocorreu na noite de quinta (15), por volta das 23h (0h de sexta em Brasília), num prédio perto do aeroporto da cidade, de cerca de 860 mil habitantes

Redação Jornal de Brasília

16/04/2021 10h48

Um atirador matou oito pessoas e feriu várias outras em um centro de operações da empresa de entregas FedEx em Indianápolis, nos EUA. O caso ocorreu na noite de quinta (15), por volta das 23h (0h de sexta em Brasília), num prédio perto do aeroporto da cidade, de cerca de 860 mil habitantes.

Segundo a polícia, o atirador cometeu suicídio. Sua identidade não foi revelada, assim como a motivação do ataque. O número exato de feridos tampouco foi informado. Trabalham no local mais de 4.000 pessoas, segundo a imprensa da região. “[A situação] é de partir o coração. Os policiais vieram, entraram e fizeram seu trabalho. E muitos deles estão tentando encarar isso, porque é uma cena que ninguém nunca deveria precisar ver”, disse Genae Cook, porta-voz da polícia local.

Imagens de TV mostraram familiares das vítimas, amigos e colegas de trabalho, todos com máscaras devido à pandemia de coronavírus, em um ponto de encontro montado perto de um hotel.

Um homem que trabalha no local viu o momento em que o homem começou a atirar. “Vi um cara com uma submetralhadora, ou fuzil automático, e ele estava atirando a céu aberto. Eu imediatamente me abaixei, fiquei com medo”, disse Jeremiah Miller. Timothy Boillat, outro funcionário da instalação, disse ao canal WISH-TV ter testemunhado o ataque e visto diversas viaturas no local. “Depois de ouvir os tiros, eu vi um corpo no chão. Felizmente, eu estava suficientemente longe, e [o atirador] não me viu”.

Um porta-voz da FedEx disse que a empresa está chocada e triste pela perda de seus funcionários e cooperando com as investigações. Ele não esclareceu se todas as vítimas eram empregados da empresa.

Ao menos 30 pessoas foram mortas nos EUA em ataques a tiros no último mês. Em 16 de março, oito pessoas foram assassinadas por um homem em três casas de massagem na área de Atlanta.

Seis dias depois, em 22 de março, dez pessoas foram mortas em um ataque em um supermercado em Boulder, no estado do Colorado. No dia 31, quatro pessoas, incluindo uma criança, foram baleadas e mortas em um prédio comercial, em Orange, nos arredores de Los Angeles.

Após os ataques, o presidente Joe Biden anunciou medidas para conter o que chamou de epidemia da violência provocada pelas armas de fogo no país. Ele apresentou um plano limitado para prevenir a propagação das chamadas “armas fantasma” -de fabricação artesanal, às vezes com impressoras 3D-, impossíveis de serem rastreadas quando utilizadas em um crime.

Também propôs aumentar as regulamentações para os suportes de braço projetados para estabilizar armas, um dispositivo usado pelo suspeito do tiroteio do Colorado. Biden anunciou que suas propostas são um ponto de partida e pediu ao Congresso que aprove as medidas, como o controle de antecedentes e o fim das vendas de fuzis, que muitas vezes são utilizadas nos tiroteios em massa.

O aumento do controle de acessos a armas, no entanto, é barrado no Legislativo por políticos ligados ao Partido Republicano, que veem o direito de portar armas como um símbolo da liberdade e da visão de país que defendem. Em 2020, houve alta no número de mortes por armas de fogo no país, com 19.380 mortos e 39.427 feridos por tiros nos EUA no ano passado, segundo dados da entidade Gun Violence Archive.

Desde 2016, essa média ficava em torno de 15 mil mortes por ano.

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