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Ataque a tiros no desfile do Super Bowl nos EUA foi provocado por ‘disputa’

“Não há vínculo com terrorismo ou extremismo local. Esta foi aparentemente uma disputa entre várias pessoas que culminou com disparos de tiros”

Redação Jornal de Brasília

15/02/2024 15h32

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Os socorristas cuidam de uma pessoa ferida enquanto a trazem para fora da Union Station, perto da parada da vitória do Super Bowl LVIII do Kansas City Chiefs, em 14 de fevereiro de 2024, em Kansas City, Missouri. (Photo by ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP)

O ataque a tiros que deixou um morto e mais de 20 feridos durante o desfile da vitória dos Chiefs no Super Bowl, nos Estados Unidos, teve origem após uma “disputa entre várias pessoas”, disse nesta quinta-feira (15) a chefe da polícia de Kansas City.

“Não há vínculo com terrorismo ou extremismo local. Esta foi aparentemente uma disputa entre várias pessoas que culminou com disparos de tiros”, declarou Stacey Graves em coletiva de imprensa, confirmando que dois dos três detidos são “menores de idade”.

Dezenas de milhares de pessoas celebravam o time do Kansas City Chiefs, que desfilava nas ruas dessa cidade do estado de Missouri após sua consagração no domingo na final do futebol americano, quando ouviram-se disparos perto do estacionamento da estação de trem Union Station.

Ao menos uma pessoa morreu e 22 ficaram feridas, de acordo com as autoridades.

A rádio local KKFI anunciou pelo Facebook que uma de suas apresentadoras, Lisa Lopez, de 43 anos, morreu no tiroteio.

Os feridos têm entre 8 e 47 anos, e “ao menos metade são menores de 16 anos”, disse nesta quinta Ross Grundyson, chefe dos bombeiros, em coletiva de imprensa horas após a tragédia.

“Epidemia sem sentido”

A polícia lançou um apelo para que prestem depoimento aqueles que tenham “observado diretamente os disparos, possuam um vídeo dos disparos ou tenham sido vítimas dos disparos e ainda não se identificaram”.

Também foi ativada uma plataforma do FBI para coletar vídeos que possam ajudar na investigação.

Ataques a tiros em massa são comuns nos Estados Unidos, onde existem cerca de 400 milhões de armas, número maior que o de habitantes.

Na quarta-feira à noite, o presidente Joe Biden voltou a pedir ao Congresso que legisle para conter a violência armada no país.

Biden falou de uma “tragédia” e disse que estava rezando “pelos mortos e feridos hoje em Kansas City”, mas também pelos Estados Unidos, para que “encontrem a determinação para acabar com esta epidemia sem sentido”.

Cerca de 49 mil pessoas morreram baleadas em 2021 no país, contra 45 mil em 2020, que já havia sido um ano recorde. Essa cifra representa mais de 130 mortes por dia. Mais da metade delas são suicídios.

O Congresso dos Estados Unidos não adota nenhuma lei ambiciosa nesse campo há muito tempo, já que vários legisladores estão sob a influência da poderosa Associação Nacional do Rifle (NRA).

O prefeito de Kansas City, Quinton Lucas, presente no desfile com sua família, afirmou que sua “primeira reação é de absoluta indignação”.

“Trata-se de um dia muito esperado por muitas pessoas. Algo que lembrarão por toda a vida. E a lembrança não deveria ser a de uma ameaça de violência armada”, declarou.

© Agence France-Presse

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