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Assembleia Geral da ONU ‘exige’ que Rússia acabe com a guerra na Ucrânia

Após mais de dois dias de debate extraordinário, 141 dos 193 Estados-membros votaram a favor da resolução não vinculativa

Redação Jornal de Brasília

02/03/2022 14h19

Foto: ONU/Evan Schneider

A Assembleia Geral da ONU adotou nesta quarta-feira (2) uma resolução que “exige” que a Rússia se retire “imediatamente” da Ucrânia, em uma forte repreensão à invasão de Moscou pelo órgão global encarregado de paz e segurança.

Após mais de dois dias de debate extraordinário, 141 dos 193 Estados-membros votaram a favor da resolução não vinculativa. A China estava entre os 35 países que se abstiveram, enquanto apenas cinco votaram contra.

A resolução “deplora” a invasão da Ucrânia “nos termos mais fortes” e condena a decisão do presidente Vladimir Putin de colocar suas forças nucleares em alerta.

O texto aprovado, promovido por europeus e pela Ucrânia, “deplora nos termos mais fortes a agressão da Federação da Rússia contra a Ucrânia”, em violação ao artigo 2 da Carta das Nações Unidas, que proíbe recorrer à ameaça ou ao uso da força e insta todos os membros a respeitarem a soberania, a integridade territorial e a independência política de qualquer Estado.

A Assembleia Geral da ONU se reuniu na segunda-feira em caráter excepcional para obter uma condenação da invasão russa da Ucrânia, que terminou nesta quarta-feira com a votação da resolução após o fracasso de um texto similar no Conselho de Segurança na sexta-feira passada com um veto da Rússia.

O embaixador da União Europeia na ONU, Olof Skoog, disse ao final da votação que esta mostra que “o mundo está com a Ucrânia” e o “isolamento” da Rússia.

“Isto é sobre se escolhemos tanques e mísseis ou diálogo e diplomacia”, afirmou. “A Rússia optou pela agressão. O mundo, pela paz”, disse.

Genocídio

O embaixador da Ucrânia na ONU, Sergiy Kyslytsya, denunciou nesta quarta-feira um “genocídio” em andamento em seu país, perpetrado pela Rússia, durante um discurso na tribuna da Assembleia Geral das Nações Unidas, no final de um debate excepcional que durou mais de dois dias.

“É fácil assinar a Carta das Nações Unidas em tempos de paz. Venha assiná-la em tempos de guerra” após a esperada votação da Assembleia Geral, lançou, brandindo o pequeno livreto azul, na intenção dos 193 países membros da Organização presentes ao seu discurso, pontuado por fortes aplausos.

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Agence France-Presse

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