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Assassinato do líder do Hamas ameaça levar o Oriente Médio a ‘conflito maior’, diz presidente da OCI

O encontro ministerial foi realizado a pedido do Irã, que atribuiu a Israel o assassinato de Haniyeh em Teerã no dia 31 de julho

Redação Jornal de Brasília

07/08/2024 16h23

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Pessoas participam numa marcha convocada por organizações juvenis palestinas e libanesas na cidade de Saida, no sul do Líbano, em 5 de agosto de 2024, para protestar contra o assassinato do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh (retrato) e de um comandante militar do Hezbollah. Haniyeh e um guarda-costas foram mortos em um ataque antes do amanhecer em sua acomodação em Teerã em 31 de julho, disseram os Guardas Revolucionários do Irã. O assassinato de Haniyeh ocorreu horas depois de Israel atacar um subúrbio ao sul de Beirute, matando Fuad Shukr, o comandante militar do Hezbollah, aliado libanês do Hamas. (Foto de Mahmoud ZAYYAT/AFP)

O assassinato “atroz” do líder do movimento islâmico palestino Hamas, Ismail Haniyeh, ameaça levar o Oriente Médio a um “conflito maior”, anunciado nesta quarta-feira (7) pelo presidente da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI).

“Este ato atroz agrava as tensões e faz com que o conflito ganhe maiores dimensões e envolva toda a região”, declarou Mamadou Tangara, ministro das Relações Exteriores da Gâmbia, ao inaugurar a sessão extraordinária da OCI na cidade costeira de Jidá, na Arábia Saudita .

O encontro ministerial foi realizado a pedido do Irã, que atribuiu a Israel o assassinato de Haniyeh em Teerã no dia 31 de julho.

Este “não silenciará a causa Palestina, mas ampliará e enfatizará a urgência de que a justiça e os direitos humanos cheguem ao povo da Palestina”, afirmou Tangara.

“A soberania e a integridade territorial das nações são princípios fundamentais que sustentam a ordem internacional”, acrescentou Tangara.

Israel se absteve de qualquer comentário sobre a morte de Haniyeh.

Após as ameaças de retaliação de Teerã, a comunidade internacional pressionou para evitar uma escalada militar do Irã e de seus aliados contra Israel.

O Hezbollah também prometeu responder ao assassinato de Haniyeh, assim como ao de Fuad Shukr, comandante do movimento libanês que morreu em 30 de julho em um bombardeio reivindicado por Israel contra um subúrbio de Beirute.

A reunião da OCI teve como objetivo discutir “os crimes contínuos da ocupação israelense contra o povo da Palestina”, segundo um comunicado desta organização composta por 57 países.

A guerra em Gaza eclodiu em 7 de outubro, quando milicianos islâmicos mataram 1.198 pessoas, em sua maioria civis, no sul de Israel, segundo um balanço baseado em dados oficiais israelenses. Entre os mortos havia mais de 300 militares.

Também foram feitos 251 reféns, dos quais 111 continuaram sequestrados em Gaza, incluindo 19 que estariam mortos, segundo o Exército israelense.

A intervenção israelense em Gaza já feriu pelo menos 39.677 mortes, segundo o Ministério da Saúde deste território governado desde 2007 pelo Hamas, que não especifica o número de civis e combatentes mortos.

© Agence France-Presse

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