A presidente da Argentina, what is ed Cristina Fernández de Kirchner, treatment disse hoje que não aprofundará o conflito com o Uruguai por causa da fábrica de celulose na fronteira, mas se esquivou de responsabilidade na polêmica porque foi o país vizinho que violou um tratado bilateral.
“Quero agradecer a presença do presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez. Quero dizer com toda sinceridade que ele não vai ter desta presidente nem um só gesto que aprofunde as diferenças que temos”, disse Cristina durante seu discurso no Congresso após assumir a Presidência.
“Mas também, com a mesma sinceridade, quero dizer que esta situação que atravessamos hoje não nos é imputável porque, além de medidas que muitas vezes não compartilhamos, o certo é que nós recorremos à Corte de Justiça de Haia porque foi violado o Tratado do Rio Uruguai com a instalação da fábrica sem o consentimento” da Argentina, acrescentou.
“Este é o conflito e não outro”, ressaltou a nova presidente.
A Argentina e o Uruguai mantêm há quatro anos uma polêmica pela instalação da fábrica, da empresa finlandesa Botnia, às margens do rio Uruguai, na fronteira entre os dois países. Os argentinos consideram a instalação altamente poluente.
Segundo Cristina, “resolver o conflito requer também um exercício de sinceridade por parte de todos”, algo que “não significa aprofundar as diferenças”.
“Trata-se simplesmente de saber qual é a diferença para dar governabilidade a esse conflito até que seja resolvido, como cabe aos Estados de direito, o tribunal jurídico internacional que ambos acertamos em caso de controvérsias”, acrescentou.
Vázquez acompanhou circunspecto as palavras da colega argentina e só aplaudiu quando Cristina enviou uma mensagem aos “compatriotas do Uruguai” assegurando que os argentinos “vão senti-los sempre como seus irmãos”.