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Apple diz que consertará bug que deixa iPhone 15 quente demais para ser manuseado

A Apple também trabalha com desenvolvedores dos aplicativos que estariam “sobrecarregando o sistema”

Redação Jornal de Brasília

02/10/2023 14h33

Foto: AFP

A Apple está culpando um bug de software e outros problemas vinculados a aplicativos populares como Instagram e Uber por fazer com que seus modelos do iPhone 15 lançados recentemente esquentassem e gerassem reclamações sobre ficarem quentes demais para serem manuseados.

A empresa de Cupertino, Califórnia, disse neste sábado, 30, que está trabalhando em uma atualização para o sistema iOS17 que alimenta a linha do iPhone 15 para evitar que os dispositivos fiquem “desconfortavelmente quentes”. A Apple também trabalha com desenvolvedores dos aplicativos que estariam “sobrecarregando o sistema”.

O Instagram, de propriedade da Meta Platforms, modificou seu aplicativo de mídia social no início desta semana para evitar que o dispositivo aqueça no sistema operacional mais recente do iPhone.

O Uber e outros aplicativos, como o videogame Asphalt 9, ainda estão em processo de lançamento de atualizações, disse a Apple.

A companhia não especificou um cronograma para quando sua própria correção de software seria lançada, mas disse que nenhum problema de segurança deveria impedir os proprietários do iPhone 15 de usar seus dispositivos enquanto aguardam a atualização.

“Identificamos algumas condições que podem fazer com que o iPhone aqueça mais do que o esperado”, disse a Apple em um breve comunicado fornecido à Associated Press após relatos da mídia detalharem reclamações de superaquecimento que estão espalhando mensagens online.

Wall Street Journal aumentou as preocupações ao citar o problema de superaquecimento em seus próprios testes dos novos iPhones, que foram colocados à venda há uma semana.

Histórico

Não é incomum que novos iPhones aqueçam desconfortavelmente durante os primeiros dias de uso ou quando estão sendo restaurados com informações de backup armazenadas na nuvem – problemas que a Apple já sinaliza para os usuários.

Os aparelhos também podem esquentar ao usar aplicativos como videogames e tecnologia de realidade aumentada que exigem muito poder de processamento, mas os problemas de aquecimento dos modelos do iPhone 15 foram além dessas situações típicas.

Em seu reconhecimento, a Apple enfatizou que o problema não está relacionado ao elegante invólucro de titânio que abriga o iPhone 15 Pro e o iPhone 15 Pro Max de última geração, em vez do aço inoxidável usado em smartphones mais antigos.

A Apple também rejeitou as especulações de que o problema de superaquecimento nos novos modelos poderia estar ligado a uma mudança de seu cabo de carregamento lightning para a porta USB-C mais amplamente usada, que lhe permitiu cumprir um mandato emitido pelos reguladores europeus.

Embora a Apple tenha expressado confiança de que o problema de superaquecimento pode ser rapidamente resolvido com as próximas atualizações de software, o problema ainda pode prejudicar as vendas de seu produto principal, no momento em que a empresa enfrenta três trimestres consecutivos de quedas anuais nas vendas gerais.

A crise afetou as vendas do iPhone, que caíram 4% nos nove meses abrangidos pelos últimos três trimestres fiscais da Apple em comparação com o ano anterior.

A Apple está tentando aumentar suas vendas, em parte, aumentando o preço inicial de seu iPhone 15 Pro Max topo de linha para US$ 1.200, um aumento de US$ 100, ou 9%, em relação ao modelo comparável do ano passado.

As preocupações dos investidores com o atípico declínio das vendas da Apple já eliminaram mais de 300 mil milhões de dólares em riqueza dos acionistas desde que o valor de mercado da empresa fechou em 3 bilhões de dólares pela primeira vez no final de junho.

Estadão conteúdo

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