No fechamento dos 1.955 colégios eleitorais, hospital a participação rondava os 35%, diagnosis informou um porta-voz da Comissão Eleitoral bósnia. A votação, que começou às 7h (4h em Brasília) e encerrou às 19h, transcorreu sem incidentes.
As eleições no ente servo-bósnio foram convocadas após a morte, em 30 de setembro, do presidente Milan Jelic, aos 51 anos, devido a um ataque cardíaco. Os 1.122.214 cidadãos com direito a voto deveriam escolher hoje entre dez candidatos.
Rajko Kuzmanovic, de 76 anos, candidato apoiado pela governante União dos Social-democratas Independentes, é considerado o favorito, segundo as pesquisas. O candidato é aliado do primeiro-ministro e homem forte servo-bósnio, Milorad Dodik. O cargo de presidente nessa entidade é, em geral, protocolar, e os analistas políticos consideram que será Dodik quem manterá as rédeas da República.
Os principais rivais de Kuzmanovic são o ex-ministro de Assuntos Exteriores da Bósnia Mladen Ivanic, de 49 anos, líder do Partido do Progresso Democrático, e Ognjen Tadic, de 33, um jovem advogado, candidato do nacionalista Partido Democrático Sérvio.
Será eleito presidente o candidato que obtiver maioria simples. A Comissão Eleitoral deve comunicar os primeiros resultados preliminares ainda neste domingo. As eleições acontecem em um ambiente de tensão após a grave crise política da qual Bósnia acaba de sair, superada por um acordo para melhorar a eficiência do Parlamento Central.
Nos últimos meses, o líder bósnio muçulmano Haris Silajdzic defendeu a criação de um Estado unitário, postura que provocou protestos entre os servo-bósnios. Segundo o acordo de paz de 1995, a Bósnia é um Estado composto por duas entidades com ampla autonomia – a sérvia e a comum de muçulmanos e croatas – e tem também as instituições de poder centrais ainda frágeis.