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4 de julho: conheça o dia da independência dos Estados Unidos

Essa comemoração remete ao dia 4 de julho de 1776, data em que foi impressa a Declaração de Independência dos Estados Unidos

Camila Bairros

04/07/2022 9h56

Foto: Kerem Yucel/AFP

O dia 4 de julho é um dos mais comemorados nos Estados Unidos, já que é quando os norte-americanos celebram o Independence Day, o dia da independência, com diversas atividades, como a popular queima de fogos.

Essa comemoração que perdura até hoje remete ao dia 4 de julho de 1776, data em que foi impressa a Declaração de Independência, ou seja, quando o território foi separado dos britânicos. Mas antes, essa área era muito menor do que a que conhecemos atualmente.

Foto: Susan Walsh/AFP

‘Pais Fundadores’

Em abril de 1775, começaram as primeiras batalhas da Guerra de Independência dos Estados Unidos. Alguns colonos desejavam independência total da Grã-Bretanha, que cobrava altíssimos impostos, e passaram a ser considerados radicais.

Na época, era comum a circulação de panfletos políticos para divulgar o ideal da independência, e um dos mais famosos é o ‘Common Sense’, escrito por Thomas Paine, considerado, junto com George Washington, Thomas Jefferson e Benjamin Franklin como ‘Pais Fundadores dos EUA’. Paine refletia se existia algo mais absurdo do “que um continente ser governado por uma ilha”.

Os ‘Pais Fundadores’ eram os líderes que participaram da Revolução Americana e estruturaram o governo democrático do EUA, deixando um legado que moldou diversos outros países.

Como tudo começou

A colonização começou com a expansão da Grã-Bretanha no “Novo Mundo”, chegando também ao Canadá e ao Caribe. O domínio da metrópole sobre as colônias – que depois se tornariam os Estados Unidos – começou em 1763, quando a Guerra dos Sete Anos, que contrapôs a França e a Grã-Bretanha, chegou ao fim.

Os franceses renunciaram às suas aspirações sobre as 13 colônias britânicas na América do Norte e, de forma geral, o governo central inglês administrava seus domínios sob a lógica do colonialismo mercantilista, para extrair das possessões ultramarinas o máximo possível para benefício da metrópole.

Apesar de vencerem a batalha, os britânicos saíram do conflito em situação delicada, com muitos problemas financeiros. Por isso, decidiram impor sobre as colônias uma série de impostos nos produtos como açúcar e chá, o que motivou as rebeliões.

Os colonos alegavam que os impostos eram ilegítimos, e muitos grupos de oposição começaram a surgir. Eles passaram a se organizar em reuniões e, em 1765, o congresso de representantes emitiu uma declaração de direitos e agravos.

Mobilizações populares se tornaram comuns, como a famosa “Festa do Chá de Boston”, que aconteceu em dezembro de 1773, quando jogaram ao mar grandes quantidades de chá britânico.

Londres reagiu enviando soldados às colônias e promulgando leis que, de um lado, reduziam as competências das instituições autônomas e, de outro, davam mais poder aos funcionários e militares britânicos.

Representantes de 12 das 13 colônias da época (faltou o da Geórgia) se reuniram em 1974 para formar o Primeiro Congresso Continental e, após o início da Revolução Americana, o Segundo Congresso Continental foi formado, já com todas as colônias. Esse Congresso funcionava como um governo nacional, levando exércitos, desenvolvendo estratégias, nomeando diplomatas e escrevendo petições.

Não havia um consenso sobre como resolver as diferenças crescentes entre os dois lados. Algumas colônias eram fiéis à coroa britânica e defendiam o vínculo com a metrópole, enquanto outros, os patriotas, queriam romper completamente as relações com Londres e declarar independência.

O diálogo não funcionou, e o conflito se mostrou inevitável em 19 de abril de 1775, quando teve início a Guerra de Independência, também conhecida como Revolução Americana.

‘Pais Fundadores’

Em abril de 1775, começaram as primeiras batalhas da Guerra de Independência dos Estados Unidos. Alguns colonos desejavam independência total da Grã-Bretanha, que cobrava altíssimos impostos, e passaram a ser considerados radicais.

Na época, era comum a circulação de panfletos políticos para divulgar o ideal da independência, e um dos mais famosos é o ‘Common Sense’, escrito por Thomas Paine, considerado, junto com George Washington, Thomas Jefferson e Benjamin Franklin como ‘Pais Fundadores dos EUA’. Paine refletia se existia algo mais absurdo do “que um continente ser governado por uma ilha”.

Os ‘Pais Fundadores’ eram os líderes que participaram da Revolução Americana e estruturaram o governo democrático do EUA, deixando um legado que moldou diversos outros países.

Declaração de independência

Richard Lee, delegado da Virgínia, apresentou um pedido de independência no dia 7 de junho de 1776. Muitos congressistas concordavam, mas pensavam que algumas colônias ainda não estavam prontas para dar esse passo.

Foi criado então um comitê para elaborar a declaração de independência, comandado por Thomas Jefferson, que depois se tornaria o terceiro presidente dos Estados Unidos. Além dele, Benjamin Franklin e John Adams estavam no comitê e revisaram os rascunhos de Jefferson.

Muitos congressistas concordavam, mas pensavam que algumas colônias ainda não estavam prontas para dar esse passo naquele momento.

Entre os trechos mais famosos estão “todos os homens são criados iguais” e “a vida, a liberdade e a busca pela felicidade” são direitos naturais e inalienáveis.

O comitê apresentou a versão final ao Congresso em 28 de junho de 1776 e o texto foi aprovado no dia 2 de julho, mas só foi impresso dois dias depois, no dia 4, que se tornou a data de celebração nacional.

Na prática, a Declaração de Independência colocou fim à guerra contra os britânicos. Mas o término formal só viria anos depois, em 9 de abril de 1784, quando a Grã-Bretanha ratificou a declaração de paz.

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