Para cumprir os requisitos de qualidade exigidos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Vivo vai manter os investimentos previstos até 2014 e cobra do governo mais ajuda para a mudança de legislações municipais, que impedem as operadoras de telefonia celular de instalar mais antenas de transmissão.
“O tráfego de dados tem crescido muito por conta de novas aplicações de vídeos e uso de redes sociais. A sociedade tem que ter consciência de que as empresas estão fazendo esforços, mas é preciso que as municipalidades se alinhem nessa empreitada para que a qualidade seja melhorada”, afirmou o presidente da Vivo, Antônio Carlos Valente. Segundo ele, as companhias já usam “intensamente” o compartilhamento de infraestrutura, mas ainda é preciso ampliar o número de torres e estações radiobase (ERBs) para a melhoria dos serviços prestados.
Após reunião na Anatel nesta quinta-feira, Valente disse que a Vivo segue sem alteração nos investimentos de R$ 24,3 bilhões planejados para o quadriênio 2011-2014. “Esse dimensionamento foi feito no início do ano passado e estamos seguindo esses valores de uma maneira muito precisa. Acreditamos que esse volume de recursos é plenamente suficiente para atender todas as necessidades de cobertura e qualidade.”
O executivo informou ainda que a Vivo tem sido cuidadosa na montagem de suas estratégias comerciais para evitar gargalos no atendimento dos usuários. Ao contrário de TIM, Claro e Oi, a Vivo não teve suas vendas suspensas pela Anatel. “Não gostaria de fazer comentários sobre planos comerciais de concorrentes, mas nós da Vivo temos uma relação muito próxima entre a montagem das ofertas e a estrutura das redes.”
De acordo com Valente, a apresentação da empresa ao órgão regulador teve quatro eixos: a formulação dos planos comerciais, a estrutura dos sistemas de informação, a parte de atendimento ao cliente e a rede externa.
A Anatel, por sua vez, quer da Vivo mais detalhes sobre as propostas de investimentos em cada Estado, conforme o superintendente de Serviços Privados da agência, Bruno Ramos.