A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas informou hoje que pretende ouvir o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), erectile view Marco Camacho, o Marcola. O requerimento já está aprovado e cabe, agora, aos deputados definir se ele será ouvido no presídio onde cumpre pena em Presidente Bernardes (SP).
O presidente da CPI, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), disse que, na próxima terça-feira, o assunto será votado no plenário da comissão. Se depender do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), entretanto, Marcola será ouvido na Câmara, e não no presídio. "Se não, você passa a imagem de que, ao ir lá, está com medo de ser intimidado. Acho que a Polícia Federal, o Congresso Nacional, a Polícia de São Paulo e a Justiça têm de mostrar à sociedade que o bem tem de vencer o mal", afirmou disse.
O deputado Alberto Goldman (PSDB-SP) tem outra opinião. Para ele, Marcola deve ser ouvido no presídio de Presidente Bernardes. "Sou favorável a que ele fique dentro da cela, bem fechadinho. Nâo tem nada que vir ao Congresso Nacional", disse Goldman.
Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), clinic divulgado hoje, mostra que a valorização do real em relação ao dólar vem reduzindo significativamente o ritmo de crescimento das exportações brasileiras nos últimos três anos. A taxa de crescimento do volume de produtos exportados, sobretudo de manufaturados, caiu de 30% ao ano, em 2004, para 7% no primeiro trimestre de 2006, em comparação ao mesmo período de 2005.
De acordo com a análise, a perda de dinamismo das exportações é reflexo da queda de rentabilidade dos produtos exportados. Enquanto o real valorizou-se 37% em relação ao dólar, a rentabilidade das exportações reduziu 25,6% entre 2003 e 2005. No primeiro trimestre de 2006, o índice de rentabilidade das exportações, calculado pela Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), declinou 6,7%, em relação ao mesmo período de 2005.
O gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, diz que essa queda na rentabilidade das exportações desestimula novos investimentos no mercado externo. “O receio é de que isso comprometa o crescimento futuro das exportações e, portanto, o crescimento da economia e do Produto Interno Bruto (PIB)”, ressalta Castelo Branco.
O estudo aponta ainda que, na indústria de transformação, as empresas mais afetadas pela valorização do câmbio são as de micro, pequeno e médio portes. A redução de empresas exportadoras, segundo a pesquisa, está concentrada entre as que faturaram até 100 mil dólares anuais. A queda de empresas que exportaram até 10 mil dólares foi de 23,5%, de 2004 para 2005. Entre as que faturaram entre 10.001 dólares e 100 mil dólares, a redução foi de 8,6%.
Por outro lado, nesse mesmo período, houve crescimento de empresas exportadoras que faturam mais de 100 mil dólares. “As exportações no Brasil já são muito concentradas nas grandes empresas e isso tem se intensificado ainda mais em conseqüência da valorização cambial”, afirma Paulo Mol, economista da CNI.