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Economia

Teto de ‘concreto’ foi trocado por arcabouço ‘de palha’, diz Temer

Popular no mercado financeiro, o teto de gastos adotado por Temer em seu governo e mantido pelo sucessor, Jair Bolsonaro, teve oposição do PT, o que levou ao novo modelo quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o Planalto

Redação Jornal de Brasília

15/11/2024 19h55

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ex-presidente Michel Temer recorreu a elementos da construção civil, em uma fala no Lide Brazil Conference, em Lisboa, capital portuguesa, para criticar a regra fiscal adotada pelo atual governo. Temer comparou o teto de gastos, implantado em sua gestão, a uma estrutura de concreto, substituída por uma estrutura “com teto de palha”. Assim definiu o arcabouço fiscal, elaborado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pressionado no momento a cortar despesas.

“O objetivo do teto é diminuir a dívida pública e, portanto, não pagar juros excessivos em relação à dívida pública”, disse Temer “Ele ainda existe. O tal do arcabouço, o que é o arcabouço hoje? Nada mais do que um teto reajustado.”

Popular no mercado financeiro, o teto de gastos adotado por Temer em seu governo e mantido pelo sucessor, Jair Bolsonaro, teve oposição do PT, o que levou ao novo modelo quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o Planalto.

“Se, no nosso teto, era apenas aplicar a inflação para o Orçamento seguinte, hoje é inflação mais 0,5% (na verdade, 0,6%), mais 2,5% da receita líquida. Eu considero que nosso teto era um teto de concreto. Esse é um teto, quem sabe, de palha. Não se sabe se vai dar certo, porque houve uma modificação. Mas é um teto ainda, a ideia do teto (persiste)”, disse Temer.

Estadão Conteúdo

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