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Economia

Taxa de desemprego fica em 13,7% no trimestre até julho, revela IBGE

A renda média foi de R$ 2.508 no trimestre encerrado em julho. O resultado representa queda de 8,8% em relação a igual período passado

Redação Jornal de Brasília

30/09/2021 9h27

Foto: Agência Brasil

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 13,7% no trimestre encerrado em julho, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta quinta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado veio no piso das estimativas levantadas pelo Projeções Broadcast, que eram de 13,7% a 14,5%, com mediana de 13,9%. Em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 13,8%. No segundo trimestre, a taxa de desocupação estava em 14,1%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.508 no trimestre encerrado em julho. O resultado representa queda de 8,8% em relação a igual período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 218 bilhões no trimestre até julho, recuo de 1,0% ante igual período do ano anterior, segundo o IBGE.

PIB

O Banco Central (BC) atualizou marginalmente sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. A expectativa para o crescimento da economia este ano passou de alta de 4,6% para avanço de 4,7%. A nova estimativa consta no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado nesta quinta-feira.

Entre os componentes do PIB para 2021, o BC alterou de 2,5% para 2,0% a projeção para o crescimento da agropecuária. No caso da indústria, a estimativa de recuperação passou de 6,6% para 4,7% e, para o setor de serviços, de 3,8% para 4,7%.

Do lado da demanda, o BC alterou a estimativa do consumo das famílias de alta de 4,0% para 3,3%. No caso do consumo do governo, o porcentual projetado foi de 0,4% para 0,9%.

O documento de hoje indica ainda que a projeção de 2021 para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – indicador que mede o volume de investimento produtivo na economia – foi de 8,1% para 16,0%. Todas as estimativas anteriores constavam do RTI divulgado em junho.

O BC trouxe pela primeira vez as projeções da autoridade monetária para o PIB de 2022, com estimativa de alta de 2,1%. O RTI projeta avanço de 3,0% para a agropecuária, crescimento de 1,2% para a indústria e progresso de 2,5% nos serviços.

Para o próximo ano, o BC espera alta de 2,2% no consumo das famílias e de 2,5% no consumo do governo. Já a Formação Bruta de Capital Fixo deve apresentar queda de 0,5%.

No último relatório Focus, divulgado na segunda-feira passada, os economistas consultados semanalmente pelo BC projetaram alta de 5,04% no PIB de 2021 e de 1,57% no PIB de 2022.

“O hiato do produto em patamar menos negativo, que reduz o espaço para a recuperação cíclica, e o movimento de aperto monetário ora em curso, cujos efeitos ocorrem de maneira defasada, são fatores que contribuem para a desaceleração da taxa de crescimento”, diz o BC, no RTI sobre o PIB de 2022. “Esta previsão ainda apresenta grau elevado de incerteza e está apoiada nas seguintes hipóteses: continuidade do arrefecimento da crise sanitária, diminuição gradual dos níveis de incerteza econômica ao longo do tempo, manutenção do regime fiscal e ausência de restrições diretas ao consumo de eletricidade”, completa.

Transações correntes

O Banco Central atualizou hoje, por meio do Relatório Trimestral de Inflação, suas projeções para o balanço de pagamentos em 2021 A projeção para o resultado das transações correntes do País passou de déficit de US$ 3 bilhões para US$ 21 bilhões. A estimativa anterior constou no RTI de junho. Já a projeção para o Investimento Direto no País (IDP) neste ano foi de US$ 60 bilhões para US$ 55 bilhões.

Conforme o RTI publicado hoje, a estimativa para o saldo líquido de investimento de estrangeiros em carteira – incluindo ações e títulos de renda fixa – continuou em superávit de US$ 21 bilhões

O BC trouxe pela primeira vez as projeções da autoridade monetária para as contas externas de 2022, com estimativa de saldo negativo de US$ 14,0 bilhões nas transações correntes e entrada de US$ 60 bilhões em IDP no próximo ano. A projeção do BC para os investimentos em portfólio em 2022 é positiva em US$ 23 bilhões.

Estadão Conteúdo

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