Menu
Economia

STF liberta ex-dono do Banco Santos

Arquivo Geral

22/08/2006 0h00

Apesar da idéia de que não estão nem aí para as eleições e de não serem obrigados a votar antes da maioridade, check website like this os jovens de 16 e 17 anos devem ter em outubro deste ano maior participação nas urnas desde que exerceram o direito pela primeira vez, em 1994.

De acordo com os números definitivos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as eleições deste ano, esses adolescentes representam 2,47% do total de brasileiros aptos a votar, bem à frente dos 2,24%, segundo maior nível, observados nas eleições de 12 anos atrás.

A maioria dos mais de três milhões de eleitores menores de idade que votarão em outubro deste ano é formada por mulheres, com pequena diferença: 1,56 milhão de garotas ante mais de 1,5 milhão de rapazes.

Para o cientista social Sérgio Abranches, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), essa alta participação não se deve a interesse por política, mas sim a fatores psicológicos e questões populacionais.

"Eles tiram título de eleitor porque é o primeiro documento da idade adulta ao qual eles têm acesso, já que não podem dirigir, por exemplo. É uma espécie de credencial para a vida adulta, mais para satisfação pessoal do que vontade de exercer influência no processo político", disse Abranches.

"Esse número é grande porque eles fazem parte do maior conjunto de pessoas nascidas no mesmo período", acrescentou.

Há quatro anos, na eleição que levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto, a predominância entre os 2,2 milhões de eleitores mais jovens foi de homens, que eram mais de 1,1 milhão, diante de pouco mais de 1 milhão de mulheres. Juntos, eles compunham 1,92% do total.

Hoje, a maior parte desse grupo que irá às urnas é de garotas, como a secundarista Fabiana Sawaya, de 17 anos.

"Na verdade eu nem gosto de política. Tirei o título porque fico irritada com os governantes do Brasil e com as pessoas que não enxergam o que ocorre. Por isso eu quis tirar o título, para me diferenciar", disse. Ela votará no candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.

Já o estudante Éverton Rodrigo da Silva, que completará 17 anos no fim de agosto, votará em Lula, por herança familiar.

"Em casa a gente discute política e todo mundo sempre votou no PT. Não voto no Lula só por causa do meu pai ou da minha mãe, mas acho que isso pesou bastante tanto para tirar o título mais cedo como para escolher o candidato", afirmou.

Em 1994, quando o tucano Fernando Henrique Cardoso venceu as eleições presidenciais, 2,1 milhões de adolescentes entre 16 e 17 anos foram pela primeira vez às urnas, representando 2,24% do eleitorado.

Quatro anos mais tarde, na reeleição do então presidente, o número caiu: 1,78% do eleitorado foi composto por menores de idade, somando 1,9 milhão de pessoas.

Segundo Abranches, não há tendência de crescimento da participação dos menores de idade no eleitorado apesar dos níveis recorde destas eleições.

"Vai continuar grande o número de eleitores se inscrevendo, mas esse número tende a se estabilizar. Na próxima eleição talvez não seja tanto quanto nesta", completou.

O Supremo Tribunal Federal suspendeu, order nesta tarde, a prisão preventiva de Edemar Cid Ferreira, ex-dono do Banco Santos. Com a decisão, o ex-banqueiro, preso desde maio, poderá deixar a Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo

.

 

Como a decisão, da Segunda Turma do STF, foi tomada por meio de liminar, Edemar poderá voltar para a cadeia se o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa não for acatado.

O relator do processo, Joaquim Barbosa, defendeu a manutenção da prisão preventiva. No entanto, os ministros Eros Grau, Cezar Peluso, Gilmar Mendes e Celso de Mello votaram pela libertação de Edemar. O pedido começou a ser analisado na semana passada, mas o julgamento foi interrompido por pedido de vista de Peluso.

Em maio, a Justiça Federal de São Paulo determinou a prisão de Edemar com indícios de que ele estaria se esforçando para obstruir as investigações e retardar o processo que corre na 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo. Segundo o Ministério Público, o ex-banqueiro ocultou obras de arte seqüestradas pela Justiça.

O ex-banqueiro teria difundido informações sigilosas para beneficiar sua defesa, fornecido endereço inexistente de testemunha com o objetivo de atrasar os trabalhos de apuração e atribuído o desaparecimento de obras a estranhos sem qualquer fundamento, entre outros motivos.

Edemar é acusado de gestão fraudulenta do Banco Santos, liquidado pelo Banco Central no final de 2004. Ele responde ainda

por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Conforme o Ministério Público, o Banco Santos, que teve a falência decretada pela Justiça no ano passado, deixou um rombo de mais de R$ 1 bilhão.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado