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Economia

Serviços perdem ritmo no PIB do Brasil no 3º trimestre, e indústria acelera

No terceiro trimestre, a indústria subiu 0,8% em relação aos três meses imediatamente anteriores. Isso significa uma leve aceleração, já que o setor havia avançado menos no segundo trimestre (0,6%)

Redação Jornal de Brasília

04/12/2025 10h01

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Foto: Agência Brasil/EBC

LEONARDO VIECELI E EDUARDO CUCOLO
RIO DE JANEIRO, RJ E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O setor de serviços ficou praticamente estável no Brasil no terceiro trimestre de 2025, com leve avanço de 0,1% na comparação com os três meses imediatamente anteriores, apontam dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta quinta (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado indica uma perda de ritmo do setor. Os serviços haviam subido 0,3% no segundo trimestre e 1% no primeiro.

O PIB como um todo também avançou 0,1% de julho a setembro. O setor de serviços é o que mais pesa na economia do lado da oferta. Responde por cerca de 70% do cálculo do PIB e abrange uma ampla variedade de negócios, como empresas de comércio, transportes e atividades financeiras.

Além dos serviços, o PIB inclui ainda a indústria e a agropecuária.

No terceiro trimestre, a indústria subiu 0,8% em relação aos três meses imediatamente anteriores. Isso significa uma leve aceleração, já que o setor havia avançado menos no segundo trimestre (0,6%).

Já a agropecuária subiu 0,4% de julho a setembro. O resultado veio após queda nos três meses anteriores (-1,4%) e forte alta de janeiro a março (16,4%).

Em 2025, o Brasil vive ano de safra recorde de grãos. Os efeitos da produção do campo ficam mais concentrados no PIB no início do ano.

O período de julho a setembro foi marcado pelos juros altos, que dificultam os investimentos produtivos e o consumo de parte dos bens industriais e dos serviços.

Por outro lado, o mercado de trabalho seguiu mostrando sinais de força. O desemprego baixo e a renda em alta beneficiam o consumo.

O terceiro trimestre também teve o início do tarifaço do presidente Donald Trump a exportações brasileiras. A política de sobretaxas implementada a partir de agosto afetou ramos da indústria e da agropecuária.

Os americanos já derrubaram parte das sobretaxas, e o governo Lula (PT) tenta novas medidas nesse sentido.

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