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Economia

Revogação de tarifas foi avanço, mas 22% das exportações seguem sobretaxadas, diz Alckmin

Mesmo com isenções para carne, café e frutas, vice-presidente Alckmin diz que trabalho com Washington continua para reduzir barreiras restantes

Redação Jornal de Brasília

21/11/2025 17h00

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

LUANY GALDEANO
FOLHAPRESS

A retirada de tarifas anunciada pelo presidente americano Donald Trump na quinta-feira (20) foi maior avanço nas negociações entre Brasil e Estados Unidos desde que o tarifaço foi implementado, mas 22% das exportações brasileiras para o país continuam sobretaxadas em 50%, afirmou nesta sexta-feira (21) o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Foram excluídos das tarifas produtos como carne, café e frutas, produtos importantes da pauta exportadora brasileira. Ao todo, são mais de 200 itens agrícolas e da pecuária, incluindo alguns fertilizantes à base de amônia.

Para Alckmin , o trabalho de negociação com o governo americano ainda não foi concluído, considerando os setores que permanecem sendo afetados, mas caminha com menos restrições.

“Tivemos o maior avanço”, afirmou Alckmin. “Na exposição [do decreto] de motivos do presidente Trump, ele destaca o diálogo que teve com o presidente Lula, que foi importante. Continuamos otimistas e o trabalho não terminou. Ele avança agora com menos barreiras.”

Alckmin afirmou que não há uma nova reunião prevista entre os dois chefes de Estado.

O vice-presidente citou ainda que o presidente Lula (PT) fez pleito sobre sanções aplicadas pela lei Magnistky, que afetou o ministro do STF Alexandre de Morais. O vice-presidente não comentou se houve avanços nesse sentido.

Em comunicado, o presidente americano Donald Trump cita a conversa que teve por videoconferência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirma ter ouvido opiniões de autoridades no sentido de que as tarifas não são mais necessárias porque “houve progresso inicial nas negociações com o governo do Brasil”.

A isenção será retroativa para tudo que tiver entrado nos EUA a partir de 13 de novembro.

A decisão do governo americano também foi motivada pela alta da inflação no país, que tem pressionado o setor de alimentos.

A sobretaxa de 40% havia sido imposta pelos Estados Unidos no fim de julho, somada às tarifas de 10% aplicadas globalmente no início do ano. A sobretaxa de 50% trouxe uma lista com quase 700 exceções, como suco de laranja e produtos de aviação, o que reduziu o impacto da medida sobre alguns setores estratégicos.

Na semana passada, o governo americano já havia derrubado a tarifa de 10% para exportações brasileiras como carne e café. Agora, a sobretaxa de 40% também caiu.

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