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Economia

Recuo de Bolsonaro colocou economia ‘de volta aos trilhos’, diz Guedes

Paulo Guedes aposta suas fichas na pacificação do País e na continuidade das discussões de reformas

Redação Jornal de Brasília

10/09/2021 17h39

O ministro da Fazenda, Paulo Guedes, apresenta à imprensa as propostas do Pacto Federativo

Um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro divulgar uma “Declaração à Nação” na qual afirma que nunca teve “intenção de agredir quaisquer dos poderes”, Paulo Guedes aposta suas fichas na pacificação do País e na continuidade das discussões de reformas. “A iniciativa do presidente ontem colocou tudo de volta aos trilhos”, afirmou.

De acordo com o ministro, a manifestação divulgada na quinta-feira deixou claro que Bolsonaro está jogando dentro das regras e que qualquer excesso verbal foi um “mal entendido”. “O presidente não sinalizou em nenhum momento que descumpriria as regras democráticas. Nosso presidente merece respeito, ganhou a eleição com mais de 60 milhões de votos”, afirmou. “Nunca aposte contra a democracia brasileira, vamos sempre surpreender.”

Em ato político na última terça-feira, 7, em São Paulo, Bolsonaro afirmou que não mais cumpriria decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o que é inconstitucional. “Dizer a vocês que, qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, este presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou, ele tem tempo ainda de pedir o seu boné e ir cuidar da sua vida. Ele, para nós, não existe mais”, declarou Bolsonaro na Avenida Paulista.

“A pergunta é se poderia todo esse barulho sobre instituições e democracia atrapalhar essa bem posicionada economia. Minha resposta é: isso poderia gerar muito barulho, isso poderia desacelerar o crescimento, mas não mudaremos a direção. Interrompemos a rota errada. Estamos de volta aos negócios”, afirmou Guedes, para quem as manifestações de 7 de Setembro, mesmo com pedidos de intervenção militar e fechamento do STF, foram “celebração pacífica da democracia”, pois não foram registrados atos de violência.

Ele disse que os cidadãos têm direito de manifestar sua opinião com relação ao Supremo, mas nunca com violência pois isso atenta contra a democracia. “Uma coisa é manifestar sua opinião sobre como as instituições estão trabalhando, mas não instigar a violência”, afirmou.

Estadão Conteúdo

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