Menu
Economia

Previsão para IPCA 2024 passa de 3,79% para 3,75%, aponta Focus

Considerando as 94 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 se manteve em 3,71%

Redação Jornal de Brasília

26/03/2024 9h16

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A expectativa para a inflação deste ano caiu no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta terça-feira, 26. A projeção de 2024 passou de 3,79% para 3,75%. Um mês antes, a mediana era de 3,80%. Para 2025, foco principal da política monetária, a projeção oscilou de 3,52% para 3,51%.

Considerando as 94 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 se manteve em 3,71%. Para 2025, a projeção passou de 3,50% para 3,53%, considerando 92 atualizações no período.

Para 2026, a projeção continuou em 3,50% pela 38ª semana consecutiva – seguindo a reancoragem apenas parcial destacada pelo BC após a manutenção da meta de inflação em 3,0% para este e os próximos anos. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa seguiu em 3,50%, como também está há 38 semanas.

As estimativas do Relatório de Mercado Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, de 3,00%. O IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%, para um centro de 3,25% no ano passado), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.

O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou na semana passada projeção de 3,5% para o IPCA de 2024, igual à das reuniões anteriores, de dezembro e janeiro. Para 2025, também seguiu em 3,2%.

Projeção suavizada

Os economistas do mercado financeiro mantiveram a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses no Relatório de Mercado Focus desta semana em 3,45%, mesmo nível da semana anterior. Há um mês, a previsão era de 3,66%.

Em junho do ano passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ao Conselho Monetário Nacional (CMN) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iria editar decreto estabelecendo uma meta contínua de inflação a partir de 2025, em substituição à atual meta-calendário.

No dia 20 de outubro, porém, Haddad confirmou que não havia previsão para publicar o decreto que regulamenta a meta de inflação contínua. Mas, como mostrou o Estadão/Broadcast, com a chegada de mais diretores do Banco Central indicados por Lula em janeiro, o decreto da meta de inflação poderia ser finalmente publicado, mas isso não ocorreu até o momento.

Curto prazo

Os economistas revisaram as expectativas de inflação de curto prazo. A mediana para março de 2024 passou de 0,22% para 0,21%. Há um mês, a expectativa era de 0,24%. Para o IPCA de abril, a estimativa passou de 0,31% para 0,30%, de 0,36% um mês antes. Já para maio, a previsão para o indicador passou de 0,21% para 0,22%, voltando ao mesmo patamar de um mês antes.

Estadão Conteúdo

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado