O presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), Flavio Padovan, disse nesta terça-feira, 12, que o ano de 2014 deve apresentar números parecidos com os deste ano. “2014 é uma incógnita. Tem eleição, Copa do Mundo, mas não sabemos qual será o impacto desses fatores na economia e no setor automotivo. Estamos trabalhando com um número parecido ao de 2013”, afirmou ele.
A Abeiva informou que a venda de veículos importados atingiu 9.826 unidades em outubro, alta de 1,8% ante setembro e de 5,8% sobre outubro de 2012. O resultado, de acordo com a entidade, está alinhado ao que a associação já havia constatado nos demais meses do ano e a perspectiva é de que os emplacamentos totais das associadas não deverão ultrapassar 115 mil unidades em 2013. Esse resultado, se confirmado, representará uma queda de 11% em relação ao total emplacado em 2012, conforme informações divulgadas pela empresa em seu site.
Padovan disse que esperava que outubro apresentasse números melhores que os verificados. Ele afirmou que novembro está se apresentando como um mês difícil, mais até do que outubro. “Mas dezembro é um mês melhor e 2013 deve registrar vendas na ordem de até 115 mil unidades.” A Abeiva destacou em comunicado que os indicadores macroeconômicos mostram desafios importantes para o setor. Padovan ressaltou os fatores que prejudicam os negócios no Brasil, como infraestrutura deficitária, a falta de qualidade dos gastos públicos, a burocracia.
IPI
O presidente da Abeiva disse ainda que um eventual aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no próximo ano deve impactar timidamente o setor automotivo. “Do jeito que estão planejando (a elevação do imposto), sendo gradativo, acho que o efeito é quase zero.” Recentemente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, encontrou-se com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, e disse que vai manter a alíquota do IPI inalterada até 31 de dezembro e que depois haverá um ajuste.
Inovar-Auto
Apesar dos desafios, a Abeiva informou que segue otimista com o crescimento da economia brasileira e que entende a decisão do governo de criar o programa Inovar-Auto a fim de estimular a instalação de novas fábricas no País. “Nosso papel como entidade é o apoiar nossas associadas. Nem todas as importadoras serão fabricantes e a possibilidade desses produtos continuarem no mercado impulsiona a competitividade e gera comparação para o consumidor, que exige produtos com mais valor agregado”, disse Padovan.