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Economia

Petrobras prevê mais R$ 13 bilhões para concluir antigo Comperj, pivô da Lava Jato

Nesta sexta-feira (13), a empresa inaugurou uma unidade de tratamento de gás natural no empreendimento, rebatizado de Complexo de Energias Boaventura

Redação Jornal de Brasília

13/09/2024 15h13

Foto: Agência Brasil

NICOLA PAMPLONA
ITABORAÍ, RJ (FOLHAPRESS)

A Petrobras prevê mais R$ 13 bilhões para concluir obras da refinaria do antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), um dos símbolos do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

Nesta sexta-feira (13), a empresa inaugurou uma unidade de tratamento de gás natural no empreendimento, rebatizado de Complexo de Energias Boaventura. No evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a suspensão de obras da Lava Jato.

Ele ironizou perguntas sobre o custo das obras remanescentes e disse que o país precisa “fazer a pergunta ao contrário”: “Quanto custou paralisar ele desde 2018?”, perguntou. As obras, na verdade, foram paralisadas em 2015.

O Comperj foi um dos pontos centrais da delação premiada do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e segundo a última atualização do TCU, (Tribunal de Contas da União), feita em 2022, acumula prejuízos de US$ 14 bilhões (quase R$ 80 bilhões, pela cotação atual).

A retomada das obras da refinaria foi aprovada em 2023, já após a posse de Lula, e a Petrobras já lançou uma licitação para contratar construtoras. A expectativa, segundo a presidente da estatal, Magda Chambriard, é que as obras comecem em 2015.

Magda disse que a empresa investirá R$ 7 bilhões também na refinaria de Duque de Caxias, ampliando em 50% a capacidade de produção de diesel no Rio de Janeiro -de 240 mil para 360 mil barris por dia.

Segundo ela, as obras vão gerar 10 mil empregos diretos. Outros 3.000 trabalhadores serão contratados para a operação da refinaria.

Nesta sexta, a Petrobras inaugurou um sistema de escoamento de gás do pré-sal considerando fundamental para ampliar a oferta do combustível no país, uma das bandeiras do governo que esteve no centro da crise que derrubou o ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

É a primeira obra inaugurada na área do Comperj, projeto pensado durante os primeiros governos Lula para abrigar uma refinaria e um complexo petroquímico, mas paralisado após o início da operação Lava Jato.

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