A forte queda da Petrobras na bolsa foi resultado da interferência do presidente Jair Bolsonaro, o que não foi bem recebido pelo mercado. Bolsonaro justificou a “intervenção” afirmando que precisava entender os motivos que levaram a empresa a determinar o aumento.
O Ibovespa terminou o último pregão da semana com queda de 1,98%, a 92.875 pontos.
As ações ordinárias da Petrobras caíram 8,54%, negociadas abaixo de R$ 30 por papel. Já as preferenciais recuaram 7,75%, perto de R$ 25 por ação. Apesar do forte tombo, os papéis da Petrobras ainda acumulam valorização de mais de 15% no ano.
O recuou da estatal na véspera do aumento de 5,74% no do preço do diesel nas refinarias se deu após uma determinação do presidente Jair Bolsonaro, como constatou a reportagem.
Bolsonaro afirmou que não defende práticas “intervencionistas” nos preços da estatal, mas pediu uma justificativa baseada em números, alegando que o aumento era superior à inflação projetada.
“Se me convencerem, tudo bem, se não me convencerem tudo bem. Não é resposta adequada para vocês, não sou economista, já falei. Quem entendia de economia afundou o Brasil, tá certo? Os entendidos afundaram o Brasil“, afirmou o presidente nesta sexta-feira (12), durante inauguração do aeroporto de Macapá.
Nesta sexta (12) a Petrobras emitiu comunicado afirmando “a Petrobras em consonância com sua estratégia para os reajustes dos preços do diesel divulgada em 25/3/2019, revisitou sua posição de hedge e avaliou ao longo do dia, com o fechamento do mercado, que há margem para espaçar mais alguns dias o reajuste no diesel. A empresa reafirma a manutenção do alinhamento com o Preço de Paridade Internacional (PPI).