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Economia

Para o criador do Bric, Brasil decepciona

Arquivo Geral

01/05/2013 11h22

O presidente da Goldman Sachs Asset Management, Jim O’Neill, se despediu ontem dos clientes antes da aposentadoria anunciada há alguns meses. No último documento enviado aos investidores, o criador da sigla Bric ofereceu uma visão esperançosa da economia global para os próximos anos e demonstrou simpatia com outro grupo de países emergentes: o Next11 ou simplesmente N11.

Com o título ‘O Mundo, o texto destaca a ascensão das economias emergentes, que passaram a ter fatia mais expressiva da economia global nos últimos anos. O’Neill mostra com números que a escolha do grupo de Brasil, Rússia, Índia e China estava correta, já que os quatro países lideraram a expansão emergente recente. Para ele, se a China crescer 7,5% e o mundo desenvolvido voltar aos trilhos, a economia global pode tranquilamente crescer 4,5% ao ano.

Apesar do sucesso da sigla criada em 2001, o economista demonstra algum descontentamento com o Brasil. O economista reconheceu na carta que há uma mudança de ritmo recentemente: desaceleração dos Brics em contraste com a aceleração do grupo formado por Bangladesh, Coreia do Sul, Egito, Filipinas, Indonésia, Irã, México, Nigéria, Paquistão, Turquia e Vietnã, conhecido como N11. “Talvez isso explique a crescente evidência do N11 nos mercados em relação aos Brics.”

“Eu não havia mencionado esse ponto, mas tanto o Brasil como a Rússia estão, nesta década até agora, crescendo menos do que nós havíamos previsto. Isso poderia ser uma desaceleração em relação ao desempenho da última década”, continuou na carta.

Na semana passada, O’Neill apresentou um cenário a investidores em Nova York no qual previa crescimento médio anual de 5,2% para o Brasil entre 2011 e 2020, ante expansão de 3,6% na década passada. Em 2011, porém, o Brasil cresceu 2,7%. No ano passado, o ritmo foi ainda mais fraco: apenas 0,9%. Nesse mesmo quadro, o ainda presidente da Goldman Sachs Asset Management previa expansão média de 5,4% para a Rússia e de 7,5% para China e Índia nesta mesma década. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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