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Economia

País ganha 45 milhões de usuários de internet em 6 anos e chega a 162 milhões de pessoas conectadas

O número de pessoas com 60 anos ou mais que usavam a internet mais que triplicou no período, subindo de 6,5 milhões em 2016 para 20,4 milhões em 2022

Redação Jornal de Brasília

09/11/2023 10h25

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em seis anos, mais de 45 milhões de brasileiros passaram a usar a internet no País. O Brasil alcançou a marca de 161,6 milhões de habitantes conectados em 2022, o equivalente a 87,2% da população de 10 anos ou mais de idade, estimada em 185,4 milhões de pessoas. Entre os internautas, 93,4% declararam que usavam a internet todos os dias. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação 2022, a Pnad TIC, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O acesso à internet avançou mais entre os idosos do que entre as crianças nos últimos seis anos. O número de pessoas com 60 anos ou mais que usavam a internet mais que triplicou no período, subindo de 6,5 milhões em 2016 para 20,4 milhões em 2022. Entre as crianças de 10 a 13 anos, esse contingente de conectados avançou de 8,1 milhões para 9,8 milhões no período.

Em seis anos, mais de 45 milhões de brasileiros passaram a usar a internet no País. O Brasil alcançou a marca de 161,6 milhões de habitantes conectados em 2022, o equivalente a 87,2% da população de 10 anos ou mais de idade, estimada em 185,4 milhões de pessoas. Entre os internautas, 93,4% declararam que usavam a internet todos os dias. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação 2022, a Pnad TIC, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O acesso à internet avançou mais entre os idosos do que entre as crianças nos últimos seis anos. O número de pessoas com 60 anos ou mais que usavam a internet mais que triplicou no período, subindo de 6,5 milhões em 2016 para 20,4 milhões em 2022. Entre as crianças de 10 a 13 anos, esse contingente de conectados avançou de 8,1 milhões para 9,8 milhões no período.

Considerando o indicador ampliado de uso da Internet, 88,7% das pessoas de 10 anos ou mais de idade usaram a internet no período de referência da pesquisa, fatia que subia a 90,8% entre moradores de área urbana e ficava em 74,9% entre os residentes em área rural.

“Constata-se, portanto, uma diferença de 1,5 p.p. entre o indicador ampliado de uso da internet (88,7%) e o indicador padrão (87,2%). Entre as pessoas que moravam em área rural, essa diferença foi maior (2,2 p.p.) ao passo que em área urbana foi de 1,4 p.p., concluindo-se que entre a população rural havia maior proporção de usuários da Internet não cientes desse uso”, concluiu o IBGE.

Uso do aparelho celular
Em 2022, 160,4 milhões de pessoas tinham aparelho de telefone celular para uso pessoal no País, 86,5% da população com 10 anos ou mais, segundo a Pnad TIC. A proporção de usuários de telefone móvel celular foi de 88,9% entre os habitantes de áreas urbanas e de 71,2% entre os moradores da área rural. A fatia de mulheres com telefone celular foi de 88,0%, ante uma proporção de 85,0% entre os homens.

O IBGE frisa que a pesquisa mostrou expansão contínua da posse de telefone celular desde o início da série histórica, em 2016, quando 77,4% da população de 10 anos ou mais de idade possuíam o aparelho. Essa fatia subiu a 81,4% em 2019, passando a 84,4% em 2021, até alcançar os atuais 86,5% vistos em 2022.

Entre os 25,0 milhões de brasileiros sem telefone móvel celular para uso pessoal em 2022, o equivalente a 13,5% da população de 10 anos ou mais de idade, 54,1% eram homens e 45,9%, mulheres. Quanto à faixa etária, 34,5% tinham 60 anos ou mais de idade, e outros 20,9% tinham de 10 a 13 anos.

“Por nível de escolaridade, nota-se que 78,8% não tinham instrução ou não haviam completado o ensino fundamental”, informou o IBGE.

Os motivos mais citados para a ausência de telefone celular foi não saber usar o aparelho (motivo citado por 26,5%), o aparelho telefônico era caro (24,8%), falta de necessidade (22,0%), costumava usar o telefone móvel celular de outra pessoa (11,6%), preocupação com privacidade ou segurança (4,7%), o serviço era caro (3,1%), e o serviço de telefonia móvel celular não estava disponível nos locais que costuma frequentar (1,0%).

Lares com serviços de streaming
Ao menos quatro em cada dez famílias brasileiras já usam em casa serviços de streaming, de acordo com a pesquisa do IBGE. Em 2022, 71,5 milhões de lares tinham aparelho de televisão no País, o correspondente a 94,9% dos 75,3 milhões de domicílios particulares permanentes. Desse universo, 31,1 milhões possuíam serviço pago de streaming, ou seja, 43,4% das famílias que tinham televisão em casa.

O Sul e o Centro-Oeste tinham a maior proporção de lares com televisão com acesso a serviço pago de streaming de vídeo, ambos com 50,3%, seguidos pelo Sudeste (48,1%), Norte (37,6%) e Nordeste (30,9%).

Dos domicílios com serviço pago de streaming de vídeo, 95,3% também possuíam acesso a canais de televisão: 93,1% por meio de sinal de televisão aberta e 41,5% por meio de serviço de TV por assinatura. Apenas 4,7% dos lares com streaming pago de vídeo não possuíam acesso a televisão aberta ou a serviço de TV por assinatura.

“O rendimento médio mensal real per capita nos domicílios que tinham acesso a serviço pago de streaming de vídeo foi de R$ 2.454, representando mais que o dobro daqueles que não possuíam acesso a esse serviço, R$ 1.140. Para os domicílios com acesso a streaming pago de vídeo, bem como a canais fechados de televisão, o rendimento médio foi de R$ 3.228?, informou o IBGE.

Em 2022, 19,8 milhões de lares, ou 27,7% dos domicílios com televisão no País, tinham acesso a serviço de televisão por assinatura. Essa proporção foi de 28,8% em área urbana e de 19,8% em área rural.

“Entre 2021 e 2022, o percentual de domicílios com televisão por assinatura apresentou pequena variação no Brasil, reduzindo em 0,1 p.p. Nas áreas urbanas houve uma queda de 0,4 p.p., enquanto nas rurais registrou-se um acréscimo de 2,0 p.p., passando de 17,8% para 19,8%”, ponderou o instituto.

Na passagem de 2021 para 2022, houve aumento no número de casas com televisão de tela fina, de 61,4 milhões para 64,9 milhões, e retração no de lares com televisão de tubo, de 11,0 milhões para 8,7 milhões. A proporção de domicílios com somente televisão de tela fina subiu de 84,2% em 2021 para 87,9% em 2022, enquanto a fatia daqueles com somente televisão de tubo caiu de 11,9% para 9,2%, e o total com ambos os tipos de televisão teve redução de 3,9% para 2,9%.

Havia 65,5 milhões de domicílios com recepção de sinal analógico ou digital de televisão aberta no ano passado, o equivalente a 91,6% dos domicílios com televisão do País. Na área urbana, esse porcentual foi maior do que na área rural, 92,2% contra 87,5%.

No Brasil, havia 16,8 milhões de domicílios com recepção de sinal por parabólica grande, que, segundo o IBGE, causa interferência na transmissão do serviço móvel 5G. Outros 5,9 milhões de lares tinham mini parabólica com sinal aberto.

“Aproximadamente 911 mil domicílios (1,3% dos domicílios com televisão) possuíam acesso a sinal de televisão somente por meio de parabólica grande. Esse é o grupo de interesse que precisa migrar a estrutura de recepção de TV para a mini parabólica, uma vez que o seu acesso ao sinal de TV aberta ficará comprometido pelo desligamento da transmissão de sinal de TV aberta por meio de antenas parabólicas grandes”, ressaltou o IBGE.

Cerca de 42,6 milhões ou 56,5% dos domicílios possuíam rádio em 2022. A Região Sul tinha a maior proporção de lares com o aparelho, 64,8%, enquanto menos da metade dos domicílios tinham rádio nas Regiões Norte (46,8%) e Centro-Oeste (47,5%). No setor rural, 58,2% dos domicílios possuíam rádio, porcentual superior ao do setor urbano, com 56,3% dos domicílios.

Havia telefone fixo convencional em 12,3% dos domicílios do País. Em 2016, esse porcentual era de 32,6%. Por outro lado, a parcela dos domicílios com telefone móvel celular vem aumentando, passando de 93,1% em 2016 para 96,6% em 2022.

Em 2022, não havia telefone em 2,8% dos domicílios particulares permanentes do País, 2,1 milhões de lares, uma redução de 0,2 ponto porcentual em relação a 2021. A ausência de telefone manteve-se mais elevada nos domicílios nas Regiões Nordeste (5,3%) e Norte (4,4%), enquanto nas demais não ultrapassou 2,0%.

Houve declínio também, ainda que lento, no número de domicílios com microcomputador: 45,9% dos lares tinham o equipamento em 2016, descendo a 40,2% em 2022.

Em 2022, 9,9 milhões de domicílios (14,3% dos lares conectados) possuíam algum tipo de dispositivo inteligente, que era conectado ou comandado pela internet, como câmeras, caixas de som, lâmpadas, ar-condicionado e geladeiras. Em setores rurais, o percentual foi de 6,1%, consideravelmente inferior aos 15,3% vistos em setores urbanos.

Estadão Conteúdo

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