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Economia

Nubank perde o posto de banco mais valioso da América Latina

Desde que a fintech fez sua abertura de capital nos EUA, as ações do Itaú acumulam uma alta de aproximadamente 9,5%

FolhaPress

17/01/2022 14h47

Foto: Divulgação

Lucas Bombana

Ao fechar o pregão da última sexta-feira (14) em queda de 6,37%, a US$ 8,12 (R$ 44,93), o Nubank perdeu o posto de instituição financeira mais valiosa da América Latina para o Itaú Unibanco. Com uma desvalorização dos papéis de cerca de 9,8% desde o IPO (abertura de capital, na sigla em inglês) na Bolsa de Nova York (Nyse), a fintech chegou a um valor de mercado de aproximadamente US$ 37,422 bilhões (R$ 207,1 bilhões), contra algo como US$ 41,478 bilhões (R$ 229,5 bilhões) na estreia no início de dezembro.

Os papéis não são negociados nesta segunda-feira (17) por conta do feriado nos Estados Unidos em homenagem ao ativista negro Martin Luther King. Quem se deu bem com o desempenho recente do Nubank acabou sendo o Itaú. Desde que a fintech fez sua abertura de capital nos EUA, as ações do Itaú acumulam uma alta de aproximadamente 9,5%.

E com os ganhos de 0,5% dos papéis do conglomerado negociados no exterior na sexta passada, o maior banco privado do país retomou sua posição também como o mais valioso da América Latina, posto que havia sido perdido para o Nubank.

O Itaú, que semana passada comprou a corretora digital Ideal, soma hoje um valor de mercado de cerca de US$ 39,147 bilhões (R$ 216,65 bilhões), ante US$ 36,504 bilhões (R$ 202,02 bilhões) quando ocorreu o IPO da fintech.

Papéis de tecnologia como do Nubank têm estado de modo geral sob intensa pressão por parte dos investidores em escala global ao longo das últimas semanas. Um dos fatores que mais contribui para o menor entusiasmo dos agentes de mercado é o início do ciclo de alta dos juros nos Estados Unidos.

Muitas dessas empresas, como é o caso do banco digital, ainda enfrentam dificuldades para conseguir lucrar. E, com juros mais altos à frente, esse desafio pode ser ainda maior, apontam especialistas.

No início do ano, os analistas do Itaú BBA divulgaram relatório com uma avaliação para o desempenho dos papéis do Nubank abaixo da média de mercado [underperform], e preço alvo de US$ 8 (R$ 44,27) em 12 meses. “Vemos desafios estruturais para o potencial de monetização dos clientes no Brasil, e esperamos que o ciclo de inadimplência à frente possa gerar dificuldades para a empresa. Acreditamos que esse cenário pode desencadear uma correção nas ações e diminuir a percepção do mercado sobre o potencial de rentabilidade do banco”, aponta o relatório do Itaú BBA.

Segundo os analistas, o Banco Inter é o nome predileto no campo dos bancos digitais, por negociar em patamares mais atraentes.

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