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Economia

Não é imposto novo ou retirada de isenção, diz Galípolo sobre taxação de importados

“Para quem faz compra com empresas não existia tal isenção. Para quem compra de forma regular, dentro da legalidade, não muda nada”, disse ele

Redação Jornal de Brasília

13/04/2023 12h38

Foto: Agência Brasil

A medida de tributação sobre o comércio online, anunciada há algumas semanas pelo Ministério da Fazenda, não se trata da criação de um novo imposto ou da retirada de uma isenção. A afirmação é do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, que concedeu entrevista à GloboNews.

“Para quem faz compra com empresas não existia tal isenção. Para quem compra de forma regular, dentro da legalidade, não muda nada”, disse ele.

Galípolo defendeu que a proposta do governo é combater um subterfúgio que aproveita o espaço criado para remessas de até US$ 50 entre pessoas físicas. “Algumas empresas estão emulando, fracionando e subfaturando produtos para escapar de pagar impostos.”

O secretário argumentou que o sistema atual cria uma espécie de “vantagem competitiva”, que lesa o sistema econômico, o ambiente competitivo e a própria experiência do consumidor.

Estimativa de arrecadação

A estimativa do governo de arrecadar cerca de R$ 8 bilhões com tributação do comércio online, combatendo casos de sonegação, já considera a possibilidade de perda de volume de vendas, afirmou Galípolo, na entrevista à GloboNews.

“Na estimativa da Receita, consideramos a possibilidade de ter de um lado uma redução e de outro uma adequação a outro tipo de comércio, com outro tipo de arrecadação”, disse o secretário.

Galípolo reiterou que a medida não visa afetar o cidadão, mas empresas que estão atuando dentro da ilegalidade. “As empresas que atuam dentro da prática legal não tem com que se preocupar, algumas já estão se posicionando favoráveis à medida”, acrescentou.

O secretário também ressaltou a importância do trabalho de comunicação em torno da medida. De um lado, segundo ele, é preciso falar como essa prática ilegal afeta o consumidor, que “muitas vezes não tem confiabilidade sobre o que está recebendo, se irá ou não receber o produto e sobre a qualidade”. De outro, há a dimensão do emprego. “Uma concorrência predatória como essa afeta a geração de emprego no País.”

Estadão conteúdo

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