A 18 dias da eleição, viagra sale o debate entre candidatos à Presidência da República, cure realizado pela TV Gazeta ontem à noite, story foi marcado por críticas à ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e por poucos ataques entre os presentes.
Assessores dos presidenciáveis não se furtaram a comentar que o programa, de duas horas de duração, foi "chato" e "monótono".
Participaram do debate Geraldo Alckmin (PSDB), Heloísa Helena (PSOL) e Cristovam Buarque (PDT). A apresentadora, Maria Lídia, afirmou que Lula, líder das pesquisas de intenção de voto, "sequer respondeu ao convite" da emissora e a bancada que corresponderia ao petista foi mantida vazia durante todo o programa. Os outros quatro candidatos que concorrem à Presidência não foram convidados por não terem representação no Congresso, como prevê a regra eleitoral.
Também foi sentida a ausência de lideranças de peso no lado tucano. Os presidentes dos partidos que formam a coligação de apoio a Alckmin não compareceram, ao contrário do debate realizado na TV Bandeirantes em agosto, o único do gênero até agora, quando Tasso Jereissati (PSDB) e Jorge Bornhausen (PFL) estiveram presentes. O tucano mais graduado na platéia da TV Gazeta foi o senador Sergio Guerra (PSDB-PE), coordenador-geral da campanha.
"Está monótono", disse Guerra em entrevista durante o debate. Ainda assim afirmou que um programa do gênero é melhor que um comício, por reunir maior público.
Os principais ataques a Lula ocorreram no início do programa e tiveram como alvo as denúncias de corrupção que pesam sobre o governo.
"O senhor Luiz Inácio Lula da Silva tem em sua coligação o nome de a Força do Povo e se nega a vir debater diante do povo. Do quê tem medo o presidente Lula ao fugir dos debates sistematicamente? Das acusações que poderiam pesar sobre ele? Das cobranças que poderiam ser feitas sobre ele?", disparou Cristovam Buarque, ex-petista que tem 1% nas pesquisas de intenção de voto.
Heloísa Helena, com 9% de preferência, foi mais ferina. "Quero repudiar a ausência do candidato Lula, que tem que aprender de uma vez por todas que tem obrigação de descer do seu trono de corrupção, arrogância, covardia política e estar em todos os debates. Ele não tem o direito de se achar melhor do que as outras pessoas, do que os outros candidatos e aqui não está para ser desmascarado".
Já Alckmin, principal adversário do petista, com 28% nas pesquisas, manteve seu estilo pouco agressivo. "Lamento que o candidato Lula, que fez promessas enormes há quatro anos, a maioria delas não cumpridas, que teve cinco ministros indiciados ou denunciados pela polícia, não venha ao debate exatamente para não tratar desses temas".
O tucano também precisou dar explicações sobre seu tratamento em relação ao governo Lula. Ele negou que os ataques amenos sejam receio de um revide petista em relação à sua administração em São Paulo.
"Não há nenhuma vulnerabilidade no governo, aliás, 12 anos de governo (tucano) em São Paulo pautado pela ética, pela correção, pelo trabalho". E emendou: "Mas é dever de todo brasileiro combater a corrupção, não são fatos isolados, é uma estrutura de poder autoritária. O que é o mensalão, é querer comprar o outro poder, é submeter o poder Legislativo ao Executivo. Há uma lista telefônica de corrupção".
Por mais de uma vez, Alckmin citou o caso, que está sendo investigado, das revistas produzidas pelo governo federal que foram enviadas ao PT para distribuição.
Questão polêmica para a qual já deu respostas contraditórias, o instrumento da reeleição voltou a ser tema de questionamento a Alckmin. Desta vez, disse ser contrário.
"A minha proposta de reforma política terá fidelidade partidária, voto distrital misto e fim da reeleição". E voltou ao tema para reafirmar: "Eu entendo que, mantida a atual regra, sem o mínimo de regulamentação, eu sou contra. Se eu fosse votar no Congresso Nacional, votaria contra".
Ele, no entanto, não respondeu a uma pergunta sobre um suposto acordo entre o PT e o PSDB que estaria em curso para um eventual segundo mandato de Lula e que prevê sua derrota. Preferiu reprisar o bordão "a eleição está começando". "Vamos ter segundo turno e então quem vai ganhar é o eleitor."
Cristovam Buarque protagonizou alguns dos poucos momentos de descontração, como quando pediu votos para os demais candidatos. "Vamos tentar convencer um número maior de pessoas a votar na educação (seu lema). Se não conseguirem, peçam voto para esses outros que estão aqui, porque o Brasil precisa desesperadamente do segundo turno."
Ao final, o jornalista Luiz Gonzalez, responsável pela comunicação da campanha de Alckmin, avaliou que o debate foi chato e disse que o programa não deve ter influência sobre a intenção de voto no tucano. Deu três razões: baixa audiência da emissora, estimada em 1% de TVs ligadas; o horário tardio (das 23h a 1h); e perfil do público, que viu por curiosidade ou dever de ofício e já tem candidato.
Já o deputado Ivan Valente (PSOL), que assessorou Heloísa Helena, achou positivo o programa, mas admitiu que "sem Lula, perde impacto".
A TV Gazeta está presente em dez Estados (SP, MG, MT, GO, PE, PR, RJ, SC, RS, RR) além do Distrito Federal, mas é tida como uma emissora eminentemente paulista. O próximo e último debate está marcado para 28 de setembro na TV Globo.
O influente vice-presidente do Banco Central russo Andrei Kozlov, viagra 41 anos, case morreu na madrugada de hoje após ser baleado, em um crime que a polícia diz ter sido encomendado. Kozlov era o responsável pela fiscalização do sistema bancário do país.
Ele é a pessoa mais importante a ser assassinada na Rússia nos seis anos do governo de Vladimir Putin. O atentado aconteceu quando Kozlov saía de um estádio onde assistira a um jogo de futebol entre funcionários do BC, na noite de ontem.
O funcionário foi levado para o hospital com hemorragia no peito e na cabeça, e morreu horas depois de uma cirurgia de emergência. O motorista dele também foi baleado e morreu no local do crime.
"Andrei Kozlov morreu nesta manhã [madrugada no Brasil]", disse Inna Sigeyeva, subchefe do serviço médico do hospital Número 33, à Reuters.
As instituições financeiras russas estão chocadas. Kozlov comandava uma destemida campanha para fechar bancos envolvidos em lavagem de dinheiro. A cada semana, dois ou três bancos são fechados na Rússia, e por isso Kozlov tinha muitos inimigos e pode ter pagado caro por sua atuação.
"Ele estava no limite na batalha contra o crime financeiro. Era um homem muito honesto e bravo, e por meio da sua atividade ele repetidamente violava os interesses de financistas sem princípios", disse o ministro das Finanças, Alexei Kudrin.
Ainda na semana passada, Kozlov havia defendido em um fórum de instituições bancárias que houvesse penalidades mais duras para banqueiros que lavam dinheiro.
Os mercados financeiros russos estão acostumados a surpresas desagradáveis e reagiram com tranqüilidade. As ações do Sberbank subiram 1,7%, e o rublo abriu quase inalterado frente ao dólar.
Mas a morte de Kozlov remete aos violentos anos do presidente Boris Yeltsin e é uma notícia ruim para Putin, que gosta de alardear a estabilidade que ele trouxe ao país – algo importante para que ele tenha influência na sucessão presidencial em 2008.
Al Breach, economista-chefe do banco suíço UBS, disse que o homicídio pode deixar os investidores nervosos, mas não deve abalar o clima geral do mercado. "Vai lembrar as pessoas do risco político antes da eleição presidencial", afirmou.
A Rússia tem cerca de 1,2 mil bancos. Muitos deles são pequenas instituições com pouco capital, e especialistas dizem que irregularidades são comuns.
"Assassinaram Kozlov porque ele retirou licenças bancárias. É horrível que esses ataques ainda aconteçam na Rússia. O governo precisa achar os assassinos", disse Vladislav Reznik, presidente da Comissão de Finanças da Duma (Parlamento).
O sistema bancário do país mergulhou no caos depois do colapso da União Soviética, quando a violência virou parte dos negócios. Um analista disse que o atentado mostra que o setor ainda não sepultou o seu passado.
A morte de banqueiros e empresários por pistoleiros era comum na década de 1990, mas praticamente parou desde que Putin assumiu o poder, em 2000.
Esse é o atentado de maior repercussão na capital russa desde que Anatoly Chubais, executivo-chefe do monopólio elétrico russo, escapou ileso de um ataque contra seu carro, em março de 2005.
Em 1997, tiros foram disparados através de uma vidraça contra o então presidente do Banco Central, Sergei Dubinin. "Este fato nos leva a reconhecer que o Banco Central vem se voltando contra uma comunidade que tem suas raízes nos anos selvagens da transição [do comunismo para o capitalismo]", disse Rory MacFarquhar, economista da Goldman Sachs em Moscou.
Kozlov, que era casado e tinha três filhos, começou sua carreira no Banco Central da então União Soviética, aos 24 anos. Ascendeu rapidamente e chegou a vice-presidente em 1997. Dois anos depois, saiu para uma temporada no setor privado, mas voltou ao BC em abril de 2002.
Apesar de prevista, price uma resolução que consolida a propriedade estatal dos hidrocarbonetos comercializados no mercado interno da Bolívia provocou hoje novos choques entre o governo de Evo Morales e a Petrobras .
A petrolífera, here a maior investidora do setor na Bolívia, expressou "desconformidade" com uma resolução do Ministério dos Hidrocarbonetos que regulamentou a comercialização interna de gás e produtos refinados de petróleo, após a nacionalização decretada por La Paz em maio passado.
O atrito aconteceu dois dias antes de uma visita do ministro de Minas e Energia do Brasil, Silas Rondeau, em meio ao que as autoridades bolivianas consideram uma etapa decisiva para as negociações sobre a aplicação da nacionalização dos hidrocarbonetos e o preço do gás natural que o Brasil compra.
"A Petrobras manifesta seu desacordo com a medida do ponto de vista legal, operacional e financeiro, já que isso inviabiliza totalmente os negócios de refino da companhia no país", disse a empresa, em um comunicado.
A Petrobras se referiu especialmente à decisão governamental de reduzir as margens de lucro nas refinarias do país, de propriedade da empresa brasileira, e dar à estatal boliviana YPFB o poder de decidir os preços internos.
O decreto de nacionalização determinou que as refinarias passem para o controle da YPFB, um processo que ainda não havia sido concluído.
Em seu comunicado, a Petrobras negou ter obtido "benefícios extraordinários" por seus negócios internos na Bolívia e afirmou que, na verdade, as atividades de refino geraram prejuízos que foram compensados com os altos preços dos produtos exportados.
O comunicado não fez menção à reunião de amanhã, na qual se discutirá o contrato que regulamentará as operações futuras da Petrobras no país e o pedido, por parte da Bolívia, de um aumento nos preços do gás exportado ao mercado brasileiro.
O Brasil compra atualmente cerca de 26 milhões de metros cúbicos diários de gás da Bolívia, a um preço de US$ 4 por milhão de unidades térmicas britânicas.
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