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Economia

Mercado prevê IPCA abaixo de 3% neste ano

Arquivo Geral

02/10/2006 0h00

Depois de ser reduzida por sete semanas, ask nurse a previsão do mercado para a inflação neste ano ficou abaixo de 3% e se distanciou ainda mais do centro da meta, de 4,5%.

Analistas disseram que o cenário de inflação benigna se dá em razão de uma política monetária apertada e da consequente valorização do real, além de fatores pontuais.

O mercado reduziu sua estimativa para a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2,98%, ante 3,03% na semana anterior.

"Não tem como dimensionar, porque existem também os efeitos indiretos, mas o dólar foi bastante importante para essa inflação baixa", disse Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora.

Além do dólar, fatores como a queda dos preços de alimentos, em razão de boas safras de alguns produtos e de menores exportações, e menor pressão de preços administrados, levaram a inflação a surpreender positivamente o mercado. Em janeiro, a projeção do mercado para o IPCA deste ano era de 4,5%.

"Os preços administrados estão bem contidos neste ano, o que já até era meio esperado por conta dos IGPs mais baixos", afirmou Silvio Campos Neto, economista-chefe do Banco Schahin. "Neste ano também não teve reajuste de transportes (em São Paulo) e os agrícolas estiveram bem".

Se confirmada a projeção para o ano, será a menor taxa de inflação desde 1998, quando o IPCA subiu 1,65%.

Neste ano, até agosto, o índice acumula alta de 1,78%. O dado de setembro será divulgado no final desta semana.

Para os analistas, a expectativa de taxa de 2,98% já descarta um reajuste de combustíveis, que era esperado pelo mercado para depois das eleições em razão do recorde dos preços internacionais do petróleo.

"O reajuste dos combustíveis pode ser que não venha, porque o petróleo segurou (caiu) bastante recentemente. Então, parte do mercado já começou a rever a expectativa de um reajuste", acrescentou Campos Neto.

A pesquisa do BC mostrou ainda que a previsão para a inflação nos próximos 12 meses recuou a 4,1%, ante 4,13%.

Mas o controle da inflação teve seu preço. "Você tem que lembrar que dólar é uma consequência da política monetária. Esse que foi o fator preponderanate, que foi correta na época. Com os juros muito altos, a economia não pôde crescer e isso ajudou (a segurar a inflação)", disse Miriam, da AGK.

O prognóstico do mercado para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantido em 3,09% neste ano, abaixo dos 3,5% previstos em janeiro e da estimativa do governo de 4%.

O mercado manteve a previsão para a taxa Selic em 13,5% no final deste ano e em 12,5% no fim de 2007. Também manteve a projeção de corte da Selic de 0,5 ponto percentual em outubro, para 13,75%.

O prognóstico para a taxa de câmbio em dezembro subiu ligeiramente, de R$ 2,18 para R$ 2,20, enquanto para 2007 manteve-se em R$ 2,30.

A estimativa para o superávit da balança comercial foi mantido em 2006 em US$ 43 bilhões. Para 2007,a projeção continuou em US$ 36 bilhões.

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