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Economia

Ipea revê estimativa de déficit em conta corrente do país em 2008

Arquivo Geral

10/07/2008 0h00

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou nota técnica revendo o déficit em conta corrente do Brasil em 2008 que pode variar de US$ 27, for sale 5 bilhões a US$ 34, erectile 5 bilhões. A estimativa da instituição em março passado era de US$ 11, more about 5 bilhões. Se confirmada a revisão anunciada hoje , a diferença pode representar mais que o dobro ou o triplo da expectativa para este ano.

As transações correntes do Balanço de Pagamentos compreendem todas as operações de troca ou cessão de valores econômicos não-financeiros entre uma economia e o resto do mundo: balança comercial, serviços, renda e transferências unilaterais correntes.

Segundo o Ipea, o principal fator para a deterioração das transações correntes foi o conjunto de remessas líquidas de lucros e dividendos de empresas, como reflexo da expansão da atividade econômica, do elevado estoque de capital estrangeiro investido no Brasil e da valorização do Real.

Até maio, o déficit em transações correntes acumulava US$ 14,7 bilhões segundo informações divulgadas pelo Banco Central. Em 12 meses até o referido mês, o saldo era negativo em US$ 15,2 bilhões.

“É interessante notar a sincronia entre o início da apreciação nominal da taxa de câmbio [valorização do real] e a aceleração de remessas de divisas [desde o] início de 2003”, registra a nota técnica da Ipea.

De acordo com a nota, os lucros das empresas globais no Brasil têm ajudado a recapitalizar as matrizes nos Estados Unidos e na Europa, diante da valorização cambial associada aos efeitos da expansão econômica. Somam-se a esses fatores, a falta de liquidez internacional ocasionada pela crise das hipotecas no mercado imobiliário americano.

Para o Ipea durante o segundo semestre deste ano a remessa de lucros e dividendos deverá continuar elevada, mantendo a pressão sobre o déficit em transações correntes, mas com menor intensidade do que nos primeiros seis meses do ano devido a um padrão sazonal, que mostra que as remessas de lucros e dividendos são maiores no primeiro semestre.

Outro fator que pode ter influência para aliviar um pouco a pressão sobre o déficit em conta corrente é, segundo o Ipea, a expectativa de que a apreciação cambial não seja tão forte como vinha acontecendo, com maior estabilidade até final do ano.

“Apesar do possível aumento do diferencial de juros estimular a maior entrada de investimentos financeiros estrangeiros [recursos que se destinam ao setor produtivo da economia e à geração de empregos], este efeito será contrabalançado pela deterioração do saldo em transações correntes [redução da entrada de dólares]”, diz o Ipea.

O documento destacou ainda a trajetória da conta de serviços e rendas e o fato de a balança comercial começar a afetar de forma mais evidente o resultado sobre o saldo em transações correntes.

De acordo com o documento, comparando-se os cinco primeiros meses de 2008 com o mesmo período do ano passado, o saldo comercial caiu quase 50%, passando de US$ 16,758 bilhões para US$ 8,655 bilhões.


 

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