O empresários fecharam o mês de abril com o nível de estoque efetivo próximo do planejado. Desde o segundo semestre do ano passado, a indústria opera com estoques baixos. A situação havia atingido nível crítico em setembro e outubro do ano passado e se estendeu até março deste ano. É o que mostra a Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, esse desajuste afetou o fornecimento de insumos e matérias-primas, elevou preços e prejudicou a indústria. Ele explica que o índice de nível de estoque efetivo em relação ao planejado estava bem abaixo da linha de 50 pontos desde maio de 2020, mostrando estoques abaixo do planejado. Esse índice varia de 0 a 100, sendo os 50 pontos a linha de corte.
“O índice estava se recuperando, mas, em abril, ao alcançar 49,6 pontos, percebemos que esse ajuste, entre a quantidade de estoque efetivo em relação ao planejado, praticamente terminou”, afirma Marcelo Azevedo.
A atividade industrial também segue acima do mesmo mês em anos anteriores. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou em 68% em abril de 2021, percentual idêntico ao do mês anterior.
A produção industrial recuou em abril na comparação com março. O índice de evolução da produção ficou em 46 pontos, abaixo da linha divisória de 50 pontos que separa alta de queda da produção. E o índice de evolução do número de empregados ficou em 50 pontos em abril, o que mostra estabilidade do emprego na passagem de março para abril de 2021. É o segundo mês consecutivo que o índice se mantém próximo da linha de 50 pontos e o décimo mês consecutivo que o índice não mostra queda no emprego industrial.
Os empresários industriais seguem se mostram otimistas com relação aos próximos seis meses. Os índices de expectativa de compras de insumos e matérias primas aumentaram, mesmo que a expectativa de quantidade exportada tenha se mantido praticamente estável.