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Economia

Guedes ouve sugestões de empresários sobre as reformas tributária e administrativa

Um empresário que esteve no encontro confirmou que Guedes está confiante com a colaboração do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para o andamento das pautas

Redação Jornal de Brasília

17/07/2021 8h47

Ministro da Economia, Paulo Guedes. Foto: Adriano Machado/Reuters

O ministro da Economia, Paulo Guedes, se reuniu com empresários na sexta-feira, 16, para ouvir sugestões e reclamações do texto da reforma tributária e afirmou que está aberto a mudanças, além de se mostrar confiante de que a reforma administrativa caminhará em velocidade similar no Congresso Nacional.

“Ele disse que a reforma administrativa e a tributária devem passar simultaneamente e neste ano”, afirma Marun Cury, diretor da Associação Paulista de Medicina.

Um empresário que esteve no encontro confirmou que Guedes está confiante com a colaboração do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para o andamento das pautas. Ao mesmo tempo, ele acenou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), estaria mais “relutante”.

O ministro admitiu que o primeiro texto não era positivo para a iniciativa privada e se comprometeu a não aumentar a carga tributária das empresas e a compensar o aumento do imposto sobre os dividendos com a redução do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).

Esse último, inclusive, é algo de que o ministro não vai abrir mão, segundo Gabriel Kanner, presidente do Instituto Brasil 200. De acordo com o representante dos empresários, o ministro afirmou que é necessário taxar os dividendos, mas que, como haverá uma “redução agressiva” do IRPJ, o governo vai deixar de arrecadar R$ 50 bilhões.

Mas a conta vai fechar, ainda mais com o governo estando em uma situação fiscal pouco favorável? “Ele pontuou que há um aumento da arrecadação com a recuperação econômica e que haverá espaço para essa redução”, diz Kanner.

O ministro ainda ouviu dos empresários que o texto não resolve o principal problema: a complexidade de pagar impostos. Houve questionamentos a respeito da não inclusão dos Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, de competência estadual, e do Imposto sobre Serviços, de competência municipal, na simplificação.

“Ele disse que todo pedido que tem fundamentação será analisado”, afirma Nabil Sahyoun, presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping.

Estadão Conteúdo

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