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Economia

Guedes critica o FMI e diz que gostavam de vir ao Brasil para ‘comer feijoada’

Ao lembrar desse período, Guedes disse que os acordos não eram cumpridos por causa dos dois lados

Redação Jornal de Brasília

12/08/2021 14h32

Foto: Adriano Machado/Reuters

Thiago Resende
FolhaPress

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a criticar nesta quinta-feira (12) o FMI (Fundo Monetário Internacional) e as previsões da entidade, que chegou a estimar uma queda de mais de 9% no PIB (Produto Interno Bruto) do país no ano passado.

“Eu não dou muita bola para o FMI, não. Eu conheço o FMI desde que eu era jovem. Eles vinham aqui. Eles gostavam muito de goiabada, feijoada, futebol. Eles adoravam vir ao Brasil. E ficavam assinando acordos que nós nem cumprimos e eles também não estavam muito interessados se nós íamos cumprir ou não”, afirmou o ministro.

Guedes participou de audiência pública na Câmara dos Deputados para tratar de recursos para garantir o acesso à internet por alunos e professores da rede pública de ensino. Ele foi questionado sobre a declaração sobre o FMI e, então, repetiu a declaração.

“Quanto à feijoada do FMI, eu me referi à forma pouco séria de tratar os acordos. Eu não fiz acordo nenhum. Nunca. Acordo nenhum com o FMI. Eu era um economista jovem observando a falta de seriedade no cumprimento de acordos de parte a parte. Eram acordos antes mesmo do regime democrático, no do general Figueiredo”, respondeu o ministro.

Ao lembrar desse período, Guedes disse que os acordos não eram cumpridos por causa dos dois lados. E reforçou: “O FMI gostava realmente da feijoada e da goiabada aqui, e dos jogos de futebol que eles vinham assistir no Brasil.”

No ano passado, o ministro criticou a projeção do FMI que estimava um tombo de mais de 9% no PIB por causa da pandemia. O PIB em 2020 recuou 4% –uma queda menor que em países desenvolvidos, como Inglaterra e França.
“O FMI fez uma lambança”, afirmou ele. “O FMI veio ao Brasil. E eu descredenciei a missão”, completou.
Para 2021, o FMI revisou, em julho, a projeção do PIB, passando de crescimento 3,7% para uma expansão de 5,3% da economia brasileira. Esse cenário está em linha com o esperado pelo mercado financeiro.

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