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Economia

Guaranis da Bolívia ameaçam cortar fornecimento de gás ao Brasil

Arquivo Geral

21/08/2006 0h00

Indígenas guaranis do sudeste da Bolívia, click more about que ocupam desde o final de semana uma estação de um gasoduto, viagra 40mg ameaçaram hoje cortar o bombeamento de gás para o Brasil se as três principais petrolíferas estrangeiras do país não cumprirem com suas promessas de desenvolvimento regional.

O presidente da Assembléia do Povo Guarani, recipe Wilson Changaray, que lidera o protesto, disse a emissoras de rádio que esperava uma mediação entre o governo e a Transierra, a empresas proprietária do duto que transporta mais de 60% do gás que a Bolívia exporta para o Brasil.

"Conhecemos a ameaça de fechar as válvulas do gasoduto, que não ocorreu até a manhã desta segunda-feira, já que as operações de exportação seguem normais", disse o diretor de dutos da Superintendência de Hidrocarbonetos, Abel Pantoja. A Transierra é uma empresa formada pela brasileira Petrobras, a espanhola Repsol-YPF e a francesa Total para construir e operar o gasoduto que funciona desde abril de 2003 entre os grandes campos de gás do distrito de Tarija e o gasoduto principal Bolívia-Brasil.

O duto da Transierra transporta entre 16 milhões e 17 milhões de metros cúbicos de gás natural e foi tomado pelos guaranis pelo rio Parapetí, a cerca 1.100 quilômetros a sudeste de La Paz. A exportação total de gás da Bolívia para o Brasil é de cerca de 26 milhões de metros cúbicos, aproximadamente 80% do que consome o Estado de São Paulo, de acordo com o governo boliviano.

Changaray disse, conforme foi citado pela rádio Fides, que os guaranis que chegaram à estação de controle do gasoduto eram mais de 500, "dispostos a fazer valer seus direitos, porque a Transierra não cumpriu com seus compromissos, sem desembolsar sequer um peso do acertado". Panfoja informou que um delegado da Superintendência de Hidrocarbonetos, acompanhado de funcionários da Transierra, viajaram na segunda-feira para conversar com os guaranis, que exigem que a empresa cumpra o acertado em 2005, de investir US$ 9 milhões no desenvolvimento da região no prazo de 20 anos.

Rádios locais informaram que o ministro do Desenvolvimento Rural, Hugo Salvatierra, também viajou para o lugar do conflito, que se soma a outras dificuldades enfrentadas pelas petrolíferas estrangeiras desde que o governo decretou, em maio, a nacionalização do setor.

As operações da Transierra não foram afetadas pela nacionalização, que, no entanto, afetou outros negócios das três petrolíferas ao declarar de propriedade estatal toda a produção nacional de petróleo e gás. "Esperamos ter resultados da negociação ainda esta noite", acrescentou Pantoja.

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