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Economia

Exportações brasileiras crescem 2,8% em janeiro e registram 1ª alta na pandemia

As importações tiveram redução de 1%, com US$ 16,9 bilhões, mas a queda foi bem menor que a registrada nos meses anteriores

Redação Jornal de Brasília

24/02/2021 12h20

Larissa Garcia

As exportações brasileiras somaram US$ 15 bilhões em janeiro, alta de 2,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Este é o primeiro crescimento nessa base de comparação desde a chegada do coronavírus ao país, em março. Os dados foram divulgados pelo BC (Banco Central) nesta quarta-feira (24).


As importações tiveram redução de 1%, com US$ 16,9 bilhões, mas a queda foi bem menor que a registrada nos meses anteriores, que chegou a dois dígitos nos meses mais críticos.


Com isso, a balança comercial teve resultado negativo de US$ 1,9 bilhão em janeiro, segundo déficit em 11 meses. Dezembro foi deficitário em US$ 881,6 milhões.


A balança comercial normalmente apresenta superávit em momentos de baixa atividade econômica, já que o país importa mais nas épocas de expansão.


Na prática, todo o nível de comércio exterior diminuiu em 2020. Tanto as exportações quanto as importações caíram, mas a redução no fluxo de entrada de produtos estrangeiros no país foi mais acentuada e puxou os resultados positivos líquidos.


Mesmo com a flexibilização do isolamento social, as viagens internacionais permanecem em baixa. Os brasileiros turistas gastaram US$ 307,7 bilhões no exterior em janeiro, queda de 79% em relação ao mesmo mês de 2020.


Os estrangeiros desembolsaram US$ 268,5 bilhões no país, volume 60% menor que em janeiro do ano passado.


O total das contas externas, chamado de transações correntes, fechou janeiro com o segundo déficit seguido no mês, com US$ 7,3 bilhões. Após a pandemia, o indicador registrou oito meses de superávit puxados pela balança comercial.


Com a normalização da balança, o resultado voltou a ficar negativo, mas ainda foi menor que o registrado em janeiro de 2020, de déficit de US$ 10,3 bilhões.


No acumulado dos últimos 12 meses, o déficit em transações correntes foi de US$ 9,4 bilhões, o equivalente a 0,65% do PIB (Produto Interno Bruto).


INVESTIMENTOS


Os investimentos diretos no país somaram US$ 1,8 bilhão em janeiro de 2021 em ingressos líquidos (diferença entre entradas e saídas), mais que o dobro do registrado em dezembro, de US$ 738 bilhões.


O montante, entretanto, ainda é menor do que os observados antes da crise. No mesmo mês do ano passado, o volume foi de US$ 2,7 bilhões, por exemplo.


Os investimentos de brasileiros no exterior foram de US$ 2,3 bilhões líquidos em janeiro. No acumulado dos 12 meses, porém, houve movimento de maior retirada que entrada de aplicações, com US$ 17,3 bilhões líquidos.


Ou seja, as empresas retiraram dinheiro das suas aplicações no país no período mais crítico da pandemia.


Os investimentos diretos, diferentemente das aplicações em ações e títulos públicos, são feitos por empresas que estabelecem um relacionamento de médio e longo prazo com o país e são menos voláteis em crises momentâneas por envolver decisões mais duradouras.


Em contrapartida, o volume aplicado em ações e títulos públicos brasileiros mostrou recuperação. Em janeiro houve ingresso líquido de papéis negociados no mercado doméstico pelo oitavo mês consecutivo, de US$ 6,2 bilhões.

Nos últimos 12 meses, os investimentos em carteira somaram saídas líquidas de US$ 3,8 bilhões.

As informações são da Folhapress

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