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Economia

Desemprego é o maior desde abril de 2005 e renda cai

Arquivo Geral

24/08/2006 0h00

A taxa de desemprego no Brasil alcançou em julho o patamar mais alto desde abril de 2005, ambulance stomach à medida que a economia não deu conta de um maior número de pessoas à procura de trabalho no ano eleitoral.

Em outros sinais desfavoráveis, o número de desempregados voltou ao patamar de julho de 2004, de 2,4 milhões de pessoas, e o rendimento caiu.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou hoje que o desemprego subiu para 10,7%, ante 10,4% em junho. A expectativa de analistas, segundo pesquisa, era de um recuo para 10,1%.

"O processo eleitoral, associado à fraca absorção do mercado de trabalho devido ao baixo dinamismo da economia, pode estar gerando esse engessamento na taxa de desemprego", afirmou Cimar Pereira, coordenador da pesquisa do IBGE.

Segundo Pereira, em anos de eleição, principalmente presidencial, a procura por trabalho aumenta expressivamente. Em julho, o número de pessoas desocupadas cresceu 3,9% frente a junho e 17,9% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Ele lembrou que em julho de 2002, também um ano eleitoral, o número de pessoas em busca de trabalho subiu 3,5%.

O IBGE informou ainda que a chamada População Economicamente Ativa (PEA) teve um acréscimo de 149 mil pessoas no mês passado. "Existe um movimento de redução da inatividade", disse Pereira.

A taxa média de desemprego nos sete primeiros meses do ano está em 10,2%, mesmo patamar visto em igual período do ano passado.

A expectativa do IBGE era de que a taxa de desemprego já estivesse declinando neste início do segundo semestre.

"Mais pessoas estão procurando trabalho e isso tem sido decisivo para limitar as pressões de alta sobre os salários", comentou o estrategista-chefe do BNP Paribas no Brasil, Alexandre Lintz.

O rendimento médio real do trabalhador caiu 0,7% em julho frente a junho, interrompendo cinco meses de crescimento.

De acordo com Pereira, do IBGE, a queda pode estar associada ao forte ingresso no mercado de profissionais sem carteira de trabalho, que têm uma remuneração menor do que a média.

O número de trabalhadores informais subiu 2,3% de junho para julho, enquanto o emprego com carteira aumentou apenas 0,8%.

"Essa entrada dos informais pode ter provocado a queda do rendimento, mas o que chama atenção é que até agora a tendência da informalidade era de queda", acrescentou Pereira.

A queda no rendimento foi liderada pela região metropolitana de São Paulo, onde a retração foi de 2%.

Ainda assim, o rendimento de janeiro a julho ainda é 4,2% maior que o registrado no mesmo período de 2005.

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