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Economia

Desemprego chega a 14,4% e País tem o recorde de 14,4 milhões de desempregados

O maior contingente desde 2012, início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua

Redação Jornal de Brasília

30/04/2021 9h35

A taxa de desemprego subiu para 14,4% no trimestre até fevereiro ante 14,1% no trimestre anterior, de setembro a novembro de 2020, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 30. Com isso, o número de desempregados no Brasil chegou a 14,4 milhões, o maior contingente desde 2012, início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.

O resultado representa uma alta de 2,9%, ou de mais 400 mil pessoas desocupadas em relação ao trimestre anterior, quando 14 milhões de pessoas procuravam trabalho no País.

“Não houve, nesse trimestre, uma geração significativa de postos de trabalho, o que também foi observado na estabilidade de todas as atividades econômicas, muitas ainda retendo trabalhadores, mas outras já apontando um processo de dispensa como o comércio, a indústria e alojamentos e alimentação. O trimestre volta a repetir a preponderância do trabalho informal, reforçando movimentos que já vimos em outras divulgações – a importância do trabalhador por conta própria para a manutenção da ocupação”, disse a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

Ela destaca que quase todos os indicadores se mantiveram estáveis frente ao trimestre anterior, mas na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, houve redução na maior parte deles, seja de posição no mercado de trabalho ou de grupamentos de atividades, refletindo os efeitos da pandemia.

A estabilidade do contingente de pessoas ocupadas – aproximadamente 85,9 milhões – é decorrente da informalidade, com o crescimento dos trabalhadores por conta própria. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o contingente de pessoas ocupadas apresentou queda de 8,3%, representando uma redução de 7,8 milhões de pessoas ocupadas.

“O trimestre encerrado em fevereiro de 2020 ainda era um cenário pré-pandemia e qualquer comparação com esse período vai mostrar quedas anuais muito acentuadas. Isso explica o porquê da estabilidade no trimestre e alta no confronto anual”, diz Adriana.

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