Menu
Economia

Bolsas de NY fecham na maioria em baixa, pressionadas por perspectivas para aperto dos BCs

Como resultado, ações de empresas de tecnologia estiveram entre as maiores quedas, e, por outro lado, papéis de bancos tiveram algum impulso

Redação Jornal de Brasília

07/06/2023 18h43

Foto: Divulgação

As bolsas de Nova York fecharam na maioria em alta nesta quarta-feira, 7, diante de sinalizações que apontaram para uma possível continuidade no aperto monetário por uma série de bancos centrais para conter a persistência da inflação elevada. Como resultado, ações de empresas de tecnologia estiveram entre as maiores quedas, e, por outro lado, papéis de bancos tiveram algum impulso.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,27%, a 33.665,02 pontos; o S&P 500 recuou 0,38%, a 4.267,52 pontos; e o Nasdaq caiu 1,29%, a 13.104,90 pontos. Já o índice VIX, assinalado como um termômetro da volatilidade, chegou ao seu menor nível desde o começo de 2020, caindo 0,72%, a 13,86 pontos.

Na visão de Edward Moya, analista da Oanda, as ações caíram depois que os investidores ficaram assustados quando o Banco do Canadá (BoC, na sigla em inglês) reiniciou sua campanha de aumento de taxas de juros. O BoC é visto como um dos líderes quando se trata de ser proativo com a política monetária, lembra “Eles foram os primeiros a aumentar as taxas em 2022 e depois colocá-los em espera no início deste ano. O BoC está sinalizando que mais aumentos de juros podem ocorrer e isso faz com que todos repensem que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) fará após o aumento de julho.”

Para a Capital Economics, o Fed deve manter a taxa de juros na próxima reunião, sem necessariamente colocar fim ao aperto monetário. De acordo com a consultoria, os aumentos de juros pelo BoC e pelo Banco Central da Austrália (RBA, na sigla em inglês) depois de reuniões com a taxa congelada nos dois casos, podem sugerir que o Fed seguirá o mesmo caminho.

A chance de o banco central americano) encerrar este ano com juros acima do nível atual, de 5,00% a 5,25%, cresceu, no monitoramento do CME Group. Pouco antes do fechamento deste texto, havia 24,6% de possibilidade de que os juros estejam em 5,25% a 5,50% em dezembro (de 18,5% na terça), e 5,7% de que estejam entre 5,50% e 5,75% (de 2,9%).

Dentre as principais quedas do dia, Microsoft (-3,09%) e Alphabet (-3,78%) recuaram. Entre os bancos, Goldman Sachs (+2,74%) e Wells Fargo (+1,96%) puxaram os ganhos.

Estadão conteúdo

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado