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Economia

Bolsas de NY fecham em alta, com dados de inflação e Apple no radar

Entre os balanços, o destaque foi a Apple, que avançou após divulgar receita e lucro acima do esperado por analistas

Redação Jornal de Brasília

28/01/2022 19h11

Foto: Reprodução

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta sexta-feira, 28, recuperando parte das perdas após as quedas especialmente impulsionados pela sinalização de aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Sobre o temor inflacionário nos Estados Unidos, a publicação do índice de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) do país em dezembro nesta sexta em linha com as expectativas deu algum alívio, uma vez que não apresentou aceleração surpreendente.

Entre os balanços, o destaque foi a Apple, que avançou após divulgar receita e lucro acima do esperado por analistas.

O Dow Jones subiu 1,65%, a 34725,47 pontos, o S%P 500 avançou 2,43%, a 4431,85 pontos, e o Nasdaq teve ganho de 3,13%, a 13770,57 pontos. Na semana, houve alta de 1,34%, 0,77% e 0,01%, respectivamente.

“As ações subiram após os resultados sólidos da Apple e o índice de custo de emprego no quarto trimestre mais fraco do que o esperado”, aponta Edward Moya, analista da Oanda.

Nesta sexta, a leitura do PCE, medida de preços preferida do Fed, apresentou alta de 5,8% em dezembro, dentro da expectativa. As apostas por uma alta de juros de 50 pontos base em março recuaram depois da divulgação, caindo de 16,3%, do levantamento de quinta, para 8,5%, segundo pesquisa do CME Group. Já as apostas de alta de 25 pontos-base subiram de 83,8% para 91,5%. Para a Capital Economics, o aperto da política monetária e o aumento dos rendimentos reais limitarão qualquer vantagem para os mercados de ações.

Segundo as previsões da consultoria, os retornos do S&P 500 mal superarão a inflação este ano. De acordo com a análise, o aumento acentuado nos rendimentos dos Treasuries neste mês teve um preço bastante severo nas ações.

“O efeito foi particularmente pronunciado em ações de tecnologia de alto valor, resultando no mercado americano de tecnologia sofrendo mais do que a maioria. Mesmo que as quedas deste mês nos preços das ações não continuem, acreditamos que os retornos de ativos de risco em 2022 serão abaixo do esperado quando comparados ao ano passado”, aponta a Capital Economics.

Já a Apple teve receita recorde US$ 123,9 bilhões e lucrou US$ 34,63 bilhões segundo balanço publicado na quinta-feira após o fechamento do mercado, e subiu 6,98%. Em dezembro, o CEO da empresa com maior valor de mercado do mundo, Tim Cook, havia dito que esperava um impacto dos gargalos de oferta, com escassez de chips semicondutores. O problema até afetou as vendas do iPad, mas as do iPhone cresceram 9%, a US$ 71,6 bilhões.

Com balanços divulgados nesta sexta, Caterpillar (-5,22%) e Chevron (-3,48%) recuaram. A primeira apontou alta nos custos, enquanto a petroleira apresentou um ganho abaixo do esperado por analistas.

Estadão Conteúdo

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