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Economia

Bolsas de NY fecham em alta, após ADP arrefecer apostas em mais aperto do Fed

O relatório da ADP indicou que o setor privado dos Estados Unidos criou 89 mil empregos em setembro, bem menos que a expectativa

Redação Jornal de Brasília

04/10/2023 17h51

Foto: Divulgação

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira, 4, em sessão marcada por dado de emprego surpreendentemente fraco nos EUA, que arrefeceu apostas em aumento adicional de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) neste ano. 

O índice Dow Jones fechou com ganho de 0,39%, aos 33.129,55 pontos; o S&P 500 subiu 0,81%, aos 4.263,75 pontos; e o Nasdaq avançou 1,35%, aos 13.236,01 pontos.

O relatório da ADP indicou que o setor privado dos Estados Unidos criou 89 mil empregos em setembro, bem menos que a expectativa de 140 mil de analistas consultados pela FactSet. O resultado aquém do esperado ampliou a chance de Fed pausar o ciclo de alta de juros neste ano, de acordo com monitoramento do CME Group. 

“Wall Street está à procura de quaisquer sinais de que o mercado de trabalho esteja arrefecendo e o relatório da ADP foi de certa forma abraçado. No entanto, a maioria está ignorando a divulgação desses dados, uma vez que o ADP ainda não provou ser um indicador confiável sobre o que mostrará o payroll”, comentou o analista da Oanda Edward Moya.

As bolsas ficaram mistas após a leitura mais forte que o previsto do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos EUA do ISM de manhã, mas recuperaram o rali à tarde e aceleraram ganhos na última hora do pregão.

Em destaque, o setor de energia teve o pior desempenho (-3,36%) entre os 11 do S&P 500. O tombo ocorre em função da desvalorização de 5% nos preços do petróleo. As ações das petrolíferas Chevron e ExxonMobil cederam 2,33% e 3,74%, respectivamente.

Na outra ponta, o papel da Tesla encabeçava o Nasdaq com ganhos de 5,99%. O desempenho da empresa de veículos elétricos contraria o movimento de outras montadoras como General Motos (-1,08%) e Ford (-0,66%) em meio à greve do sindicato United Auto Workers (UAW). A Oxford Economics avalia que a paralisação aumenta riscos negativos para vendas de veículos nos EUA nos próximos meses, já que deverá acarretar na redução de estoques.

Estadão Conteúdo

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