Menu
Economia

Bolsas da Europa fecham em leve alta, com foco nos indicadores da China

Em julho, a indústria e varejo da segunda maior economia do mundo cresceram menos do que o esperado

Redação Jornal de Brasília

15/08/2022 13h43

Foto: Divulgação

As bolsas da Europa fecharam em leve alta nesta segunda-feira. No entanto, a sessão foi marcada pela volatilidade, sendo que os índices foram pressionados em grande parte do dia após a divulgação de indicadores decepcionantes da China. Os dados renovaram temores sobre a economia global e derrubaram os preços de commodities, como petróleo e cobre.

O pan-europeu Stoxx 600 subia 0,34%, a 442,36 pontos, às 13 horas (de Brasília), enquanto o londrino FTSE 100 fechou com alta de 0,11%, a 7.509,15 pontos, e o parisiense CAC 40 avançou 0,25%, a 6.569,95 pontos. Ações de companhias petroleiras segue o forte recuo do petróleo no mercado futuro. Dessa forma, Shell (-1,49%) e BP (-1,17%), em Londres.

Em julho, a indústria e varejo da segunda maior economia do mundo cresceram menos do que o esperado. Em meio aos novos sinais de desaceleração, o banco central chinês (PBoC) inesperadamente reduziu algumas de suas taxas de juros e fez uma injeção de liquidez extra nos mercados financeiros.

Analista-chefe da CMC Markets, Michael Hewson afirma que “a maior surpresa é por que alguém ainda se surpreende com isso”, dada a relutância da China em relaxar sua política de contra a covid-19, que provavelmente pesará ainda mais no crescimento econômico à medida que nos aproximamos dos meses de inverno. “À medida que o clima fica mais frio, é improvável que as taxas de infecção diminuam, o que significa que a atividade econômica provavelmente permanecerá moderada e a demanda do consumidor permanecerá fraca”, destaca, em relatório enviado a clientes. “Essa falta de confiança decorre dessa política do governo chinês, bem como de um mercado imobiliário onde os compradores estão retendo pagamentos de hipotecas de propriedades inacabadas Esse pessimismo sobre a economia chinesa, à medida que avançamos no segundo semestre do ano, está se manifestando na fraqueza no atacado nos preços das commodities, principalmente o cobre, que está pesando sobre empresas como Antofagasta e Rio Tinto”, completa.

Em Londres, os papéis das duas empresas caíram 1,22% e 2,24%, respectivamente.

O ANZ considera que os números mais recentes indicam “estagnação” na retomada econômica da China. Ainda segundo o banco australiano, o corte de juros anunciado nesta segunda pelo PBoC sugere que o Conselho de Estado, o gabinete da China, está “preocupado com o crescente desemprego entre os jovens”.

Nesse cenário, o TD Securities resolveu reduzir sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China em 2022, de 3,8% a 2,9%.

Segundo o banco de investimentos, a mudança reflete leituras fracas de indicadores divulgadas na noite do domingo, que fecharam uma “série de dados fracos” da economia chinesa.

Em Frankfurt, o DAX teve alta de 0,15%, a 13.816,61 pontos. Nas praças ibéricas, o IBEX 35 subiu 0,32%, a 8.427,00 pontos, enquanto o PSI 20 teve alta de 0,43%, a 6194,53 pontos.

Em Milão, os mercados estão fechados devido ao feriado.

Estadão conteúdo

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado