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Economia

Bolsa abre em alta impulsionada por commodities e otimismo sobre Fed

Como pano de fundo, o otimismo sobre o fim da alta de juros nos EUA ainda permanece no mercado após dados fracos sobre o mercado de trabalho americano, divulgados no fim da última semana

Redação Jornal de Brasília

06/11/2023 11h55

Foto: Divulgação

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A Bolsa brasileira registrava alta no início das negociações nesta segunda-feira (6) impulsionada por ações da Vale e da Petrobras, as maiores do Ibovespa, e pelos índices acionários do exterior, que também operam no positivo.

Como pano de fundo, o otimismo sobre o fim da alta de juros nos EUA ainda permanece no mercado após dados fracos sobre o mercado de trabalho americano, divulgados no fim da última semana.

“O bom humor do mercado internacional segue após os péssimos dados do mercado de trabalho americano aplacarem por definitivo a perspectiva de que o Fed [Federal Reserve, o banco central americano] poderia subir mais um pouco a taxa de juro”, afirma Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.

Já o dólar começou o dia oscilando, mas firmou leve alta ante o real. Apesar da perspectiva de pausa nos juros, investidores ainda operam em cautela, o que dá força à moeda americana.

“Os mercados iniciam a semana sem direção definida. A percepção majoritária dos investidores é de que o Fed não deverá mais elevar as taxas de juros, ainda que a cautela prevaleça em relação aos próximos passos da autoridade monetária”, disse em relatório o departamento de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco.

Às 10h21, o Ibovespa subia 0,13%, aos 118.318 pontos, enquanto o dólar avançava 0,21%, cotado a R$ 4,097. Petrobras e Vale subiam 0,81% e 0,21%, respectivamente.

Na sexta (3), a Bolsa brasileira subiu 2,70% e registrou sua maior alta diária desde 5 de maio deste ano, enquanto o dólar caiu a R$ 4,89, após a divulgação de dados de emprego dos EUA.

A perspectiva de juros menores nos EUA tende a pressionar o dólar pois diminui a atratividade da renda fixa americana, fazendo com que investidores aloquem seus recursos em mercados mais arriscados, como em países emergentes.

Já as Bolsas de Valores, por serem ativos mais voláteis, são beneficiadas pelo aumento do apetite ao risco. Além disso, juros menores tendem a aliviar custos de empresas com captação e investimento, melhorando o cenário fiscal para companhias listadas em Bolsa e contribuindo para a alta dos índices americanos.

Com isso, o Ibovespa terminou o dia aos 118.159 pontos, em seu nível mais alto desde 20 de setembro, e o dólar recuou 1,49%, cotado a R$ 4,896, registrando o maior recuo diário ante o real desde agosto.

Na semana, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira acumulou alta de 4,28%, enquanto a moeda americana teve desvalorização de 2,30%.

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