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Economia

Bancos criam estratégias para combater finanças do terror

Arquivo Geral

22/08/2006 0h00

Como os bancos estão sendo cada vez mais envolvidos nos esforços de combate ao terrorismo, dosage no rx as técnicas que eles desenvolveram para rastrear narcotraficantes e criminosos estão ajudando as autoridades a capturar possíveis mentores de ataques.

Mas, approved apesar de terem investido grandes quantias para evitar que os traficantes usem os bancos para lavar dinheiro, erectile ainda é um grande desafio para as instituições financeiras identificar as redes de terror que convivem em seu meio.

Os bancos afirmam que são cada vez mais capazes de perceber depósitos suspeitos em dinheiro, que poderiam ser fruto de crimes, e de transmitir rapidamente essas informações para investigadores, que podem então encontrar ligações com o terrorismo.

"É possível identificar um criminoso por seu perfil, e as autoridades podem ligar essa pessoa a uma organização terrorista", disse o chefe do setor de prevenção de lavagem de dinheiro de um importante banco europeu. Ele pediu para não ser identificado.

"Sei do caso de uma pista que veio do lado tradicional da lavagem de dinheiro e que, quando chegou às autoridades, permitiu que elas fizessem a ligação (com o terrorismo)", acrescentou ele.

Em se tratando de identificar padrões de transações que identifiquem imediatamente a relação de um cliente com o terrorismo, no entanto, os bancos dizem que ainda não têm condições de fazer isso.

"É possível identificar um terrorista de antemão pelo seu perfil financeiro? A resposta é claro que não", disse o executivo.

Os mentores de ataques a bomba, como o grupo de muçulmanos britânicos acusados de conspirar para explodir aviões sobre o Atlântico, conseguem escapar dos sistemas sofisticados de vigilância porque as quantias necessárias para praticar esse tipo de ataque são muito pequenas.

"A soma necessária fica em uns poucos milhares de dólares", disse Norman Bernard, da consultoria First Consulting.

Muitos dos suspeitos não têm antecedentes criminais, o que dificulta ainda mais sua identificação.

Os bancos também estão investindo pesado em programas de computador que façam buscas e cruzem dados, para localizar rapidamente clientes quando as autoridades lhes entregam listas de suspeitos de terrorismo a ser ver ificadas.

"Uma importante batalha que vencemos é que as instituições financeiras estão mantendo registros que precisam ser mantidos, e entregando-os às instituições de inteligência quando necessário", disse Vincent Schmoll, da Força-Tarefa Ação Financeira (FATF), com sede em Paris.

A FATF reúne 31 países e ajuda os governos a rastrear o financiamento do terrorismo e a evitar que o lucro proveniente de crimes passe pelo sistema financeiro global.

A Grã-Bretanha congelou os bens de 19 suspeitos envolvidos na trama para explodir os aviões. Para Schmoll, é possível que os bancos britânicos já estivessem colaborando com as agências de inteligência mesmo antes do congelamento das contas.

Mesmo assim, os bancos dizem que está ficando cada vez mais difícil detectar o dinheiro de origem ilícita, já que os criminosos e as redes de terrorismo estão apelando a técnicas mais sofisticadas para transferir seus recursos.

"Acabou o tempo em que os clientes colocavam o dinheiro em cima do balcão sem que se façam perguntas", disse a fonte que cuida do combate à lavagem de dinheiro. "Mas, uma vez no sistema, como identificar que o dinheiro é ilícito?"

Em alguns lugares, como o Paquistão e o Oriente Médio, o dinheiro ainda pode circular informalmente por sistemas tradicionais como a hawala, sem passar pelo circuito financeiro.

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