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Economia

Banco Mundial: excesso de oferta deve limitar preços do petróleo em 2025, mesmo com conflitos

No próximo ano, espera-se que a oferta global de petróleo exceda a demanda em uma média de 1,2 milhão de barris por dia

Redação Jornal de Brasília

29/10/2024 8h28

Foto: Reprodução

Os preços globais das commodities devem cair para o nível mais baixo em cinco anos em 2025, em meio a um excesso de petróleo que provavelmente limitará os efeitos dos preços até mesmo de um conflito mais amplo no Oriente Médio, de acordo com a mais recente análise do mercado de commodities do Banco Mundial.

No próximo ano, espera-se que a oferta global de petróleo exceda a demanda em uma média de 1,2 milhão de barris por dia. O novo excesso de oferta reflete, em parte, uma grande mudança na China, onde a demanda de petróleo praticamente se estabilizou desde 2023.

Além disso, o Banco Mundial acredita que vários países que não fazem parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo ou de seus aliados (OPEP+) aumentem a produção da commodity.

Supondo que o conflito no Oriente Médio não se intensifique, espera-se que o preço médio anual do petróleo Brent caia para US$ 73 em 2025, abaixo dos US$ 80 por barril deste ano, diz a análise.

Mas, o relatório também avalia o que poderia acontecer se o conflito se agravasse, especificamente se resultasse na redução do fornecimento global de petróleo em 2%, ou 2 milhões de barris por dia, até o final de 2024.

“Se uma interrupção semelhante ocorresse, os preços do Brent inicialmente subiriam muito, atingindo um pico de US$ 92 por barril. Entretanto, os produtores de petróleo não afetados pelo conflito poderiam responder rapidamente aos preços mais altos, aumentando a produção de petróleo. Como resultado, o pico de preços poderia ter uma duração relativamente curta, com o preço médio do petróleo em US$ 84 por barril em 2025. Isso ainda estaria 15% acima da previsão da linha de base para ano que vem, mas apenas 5% acima da média de 2024”, afirma o Banco Mundial.

Estadão conteúdo

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