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Economia

30 anos do Mercosul: Brasil tem saldo de US$ 54,9 bilhões

A CNI avalia que os países do bloco têm passado por um período de deterioração econômica e comoditização das pautas de exportação

Geovanna Bispo

25/03/2021 0h01

Foto: Agência Brasil

O Mercado Comum do Sul (Mercosul) completa 30 anos este ano e é o bloco que, atualmente, proporciona mais resultados econômicos e sociais para o Brasil. Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre 2011 e 2020, o saldo comercial brasileiro com o mercado foi de US $54,9 bilhões, tendo a pauta mais diversificada entre os destinos de exportação. O bloco ainda produz o maior impacto em cadeia no Brasil por bilhão exportado e tem o comércio com a maior massa salarial.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, avalia que, ao longo de três décadas, o Mercosul contribuiu para a redução de tarifas brasileiras e atração de investimentos externos. “O Mercosul é a mais relevante iniciativa de inserção internacional do Brasil até o momento.”

Ainda assim, a Confederação avalia que os países do bloco, inclusive o Brasil, têm passado por um período de deterioração econômica e de comodização das pautas de exportação. “O futuro do bloco depende de mais crescimento econômico, do aumento da competitividade e da maior integração interna dos países”, completa Andrade.

Conselho Industrial do Mercosul

Mesmo com os avanços, a Confederação considera que o bloco ainda precisa avançar muito e defende a retomada do crescimento econômico, a maior participação do setor empresarial na agenda econômica e comercial, o fortalecimento do livre comércio e a ampliação de acordos com países estratégicos que representem ganhos efetivos.

Esses serão os pontos apresentados pela CNI ao Conselho Industrial do Mercosul, que ocorrerá nesta quinta-feira (25) e conta com a presença da CNI, União Industrial Argentina (UIA), a União Industrial Paraguaia (UIP) e a Câmara de Indústrias do Uruguai (CIU).

Declaração internacional

A declaração conjunta das quatro entidades do Mercado afirma que, para que a economia seja recuperada no momento da pandemia, é necessário um trabalho conjunto entre os governos. “É apenas através da união de políticas que conduzam ao crescimento econômico, aumente a competitividade e ampliem a integração intra e extra bloco, que o Mercosul voltará a receber investidas e será visto internacionalmente como um grupo que pode produzir bens e serviços de qualidade.”

Outros blocos econômicos

Atualmente, a prioridade do bloco, segundo a CNI, está sendo a conclusão e internalização do Acordo Mercosul-União Europeia e com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), que é formado pela Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça.

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