O desaparecimento de Marcos André da Silva, de 12 anos, em Taguatinga, marcou o primeiro registro no Distrito Federal (DF) em um novo sistema de alerta em redes sociais, o Amber Alert. A plataforma foi criada em uma parceria do Ministério da Justiça e a Meta, marca responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, para auxiliar na busca por crianças e adolescentes desaparecidos. Com a confirmação de autoridades, o sistema notifica, pelas redes sociais, os usuários que estão em um raio de 160km de onde a pessoa foi vista pela última vez.
O menino sumiu na manhã da última quarta-feira (22), no caminho entre o local onde mora, no abrigo Lar São José, e a escola onde estuda, a Escola Classe 18, em Taguatinga Norte. O local de ensino afirmou que o garoto não entrou em sala no dia do ocorrido. Ele estava abrigado na instituição para menores em situação de vulnerabilidade e passava pelo processo de adoção.
Esse caso de desaparecimento é o segundo em todo o país a ser notificado desde que a plataforma foi lançada este ano. O projeto deve ser estendido para atender todo o território nacional de forma gradual. Por enquanto, o Amber Alert cobre apenas três unidades federativas: Ceará, Minas Gerais e Distrito Federal. Segundo a Meta, o sistema já é utilizado em 30 países.
Entretanto, o recurso é usado apenas em casos de desaparecimentos de crianças e adolescentes, ou seja, menores de 18 anos, e que estejam em iminente risco. Entre o total de desaparecidos no Brasil, cerca de 93,8 mil pessoas, um terço corresponde a menores de idade, é o que apontam os dados do Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid). Quando o caso corresponde às exigências, autoridades confirmam o desaparecimento na plataforma e, a partir disso, o alerta é distribuído pelas redes sociais dos usuários próximos com as principais informações, como a foto da pessoa, a região em que sumiu e a data em que foi vista pela última vez. Também pode ser detalhado a idade, características físicas mais específicas e vestimentas.
O boletim de ocorrência do desaparecimento de Marcos foi registrado na 17ª Delegacia de Polícia (DP), em Taguatinga Norte, e a Polícia Civil (PCDF) investiga o caso. Até as últimas atualizações, Marcos ainda não foi encontrado e para realizar denúncias com mais informações ou com o paradeiro do menino, basta procurar pelo telefone de Denúncia Polícia Civil (197).