Você já ouviu falar sobre nômade digital? Esse termo é usado para se referir às pessoas que trabalham remotamente de diferentes partes do mundo e ganham em moeda estrangeira. Mas você já se perguntou quais as melhores profissões para quem quer ser nômade digital?
Em primeiro lugar, você precisa entender que um nômade digital pode ser um trabalhador autônomo, empreendedor, profissional freelancer ou contratado de uma empresa. Segundo uma pesquisa da Buffer, 52% dos nômades digitais são empregados regulares, contra 42%.
Em relação às áreas de atuação, existe uma grande variedade. Em ordem decrescente, 21% dos profissionais trabalham com tecnologia, especialmente TI, 12% com serviços criativos, 11% com educação, 9% com marketing e PR, outros 9% com finanças e contabilidade e 8% com consultoria e pesquisa. Ou seja, existe espaço para profissionais em diferentes áreas.
Além disso, o nível educacional dos nômades digitais é bastante elevado, pois, segundo a FlexJobs, 72% dos nômades digitais possuem diploma universitário como bacharel e 33% são mestres.
A verdade é que nesses últimos anos as pessoas começaram a procurar um estilo de vida mais flexível, que possibilite desempenhar as atividades profissionais em um horário mais arrojado, poder escolher o local de trabalho e usar menos tempo no deslocamento.
Essa tendência é reforçada com números: 57% dos nômades digitais trabalham remotamente há dois anos ou menos, apenas 27% trabalham dessa forma de três a 10 anos e um percentual ainda menor, de apenas 6%, trabalham remotamente há mais de uma década.
Uma possível explicação pelo interesse em trabalhar como nômade digital é o ganho financeiro. Com jornada de cerca de 40 horas semanais, um nômade digital possui um salário médio de 30 mil dólares anuais, valor atrativo para um profissional brasileiro, por exemplo, embora nosso país seja responsável por apenas 2% do número total de profissionais que atuam dessa forma.
O interesse pelo salário em moeda estrangeira é ainda mais relevante se considerarmos a faixa etária. Segundo a Statista, quase metade dos nômades digitais estão na faixa etária dos 30 anos.
Mas isso não significa que pessoas mais velhas não tenham espaço ou interesse por esse estilo de vida, pelo contrário, 35% dos nômades digitais têm idades entre 40 e 59 anos.
O movimento migratório é tão intenso que mais de 45 países criaram vistos especiais para nômades digitais como Espanha, Alemanha, Austrália, República Tcheca, Itália, Brasil, entre outros, especialmente porque os nômades digitais são motivados pelo desejo de explorar o mundo, mas não querem ou não podem abandonar suas carreiras.
Mas existem alguns desafios em ser um nômade digital, como excesso de trabalho, distância dos familiares e amigos, diferença de fuso horário, baixa segurança financeira, logística para conciliar trabalho e viagem, entre outros.
Mas mesmo com essas e outras dificuldades, 97% dos nômades digitais recomendam o trabalho remoto para outras pessoas e 81% estão muito satisfeitos com suas vidas, contra 68% dos profissionais com empregos tradicionais, segundo a MBO Partners. Essa tendência está apenas começando.