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Carnaval: comércio pena com a interrupção da folia

Lojas que têm suas atividades voltadas para o carnaval sofrem com o cancelamento das festas. Os vendedores ambulantes são os mais afetados. Bancos oferecem crédito

Redação Jornal de Brasília

11/02/2021 5h55

Carnaval de prejuízo para o comércio

Sem festas, negócios que lucravam nesta época do ano enfrentam dificuldades financeiras

Mayra Dias e Vítor Mendonça
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“O carnaval está na essência das atividades econômicas de vários setores”, avalia o presidente do Conselho Regional de Economia do DF (Corecon DF), César Bergo, quanto ao cancelamento das festas de carnaval neste 2021. Devido a pandemia do novo Coronavírus, o Governo do Distrito Federal (GDF) determinou, no dia 17 de novembro de 2020, o cancelamento das festas públicas, período que costumava gerar lucro para diversos setores da economia. Com a data se aproximando, comerciantes da capital já começaram a sentir os impactos da decisão.

É o caso de Rener Leite, proprietário de uma loja de aluguel de trios elétricos em Ceilândia. Ele conta que, neste 2021, não fechou nenhum negócio. “Posso dizer que o número de aluguéis de trios elétricos caiu 99%. Esse ano, tive 0,01% de solicitação de orçamento e nenhum serviço foi fechado”, lamenta. O carnaval, como conta o empresário, costuma ser a época do ano que mais lhe traz retorno, devido a alta demanda da data e a pouca oferta deste serviço no DF. “Tínhamos a possibilidade de ter um excelente retorno nesse equipamento, que fica montado o ano todo esperando por cinco dias de folia”, compartilha Rener.

Outro segmento afetado pelo decreto foi o de vendas de fantasias. Sem os blocos de rua, muitos brasilienses não viram motivos para comprar ou alugar adereços para curtir o carnaval. “Lojas do nosso segmento depende das festas de época, o Carnaval é uma delas e os blocos são fundamentais para venda de fantasias e acessórios”, expõe Kamylla e Mariana Machado, donas de uma loja de festa em Sobradinho DF.

As empresárias contam que o carnaval era uma das três melhores datas festivas do ano, financeiramente.

“Hoje nosso faturamento em relação ao mesmo período do ano passado está 30% menor, que são exatamente as vendas do carnaval”, compartilham.

Uma outra loja do mesmo segmento, localizada na Asa Sul, teve a procura pelos artigos de carnaval ainda menor. “A procura por fantasias, aqui na nossa loja, caiu em 80%. Com relação aos anos anteriores, foi uma queda bastante significativa”, declara Alcileide Lima da Silva, funcionária responsável pelo estabelecimento.

Ela acrescenta ainda que, por mais que já esperasse essa redução, lidar com o cenário é algo complicado. “Estamos com muitas dúvidas e incertezas quanto ao resto do ano, mas temos esperança de que dias melhores virão”, comenta. As expectativas da comerciante estão agora, depositadas no Halloween.

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“Durante o ano, o carnaval era o segundo evento que mais nos trazia lucro. Em primeiro lugar está o Halloween. Estamos esperançosos para essa época”, finaliza Alcileide.

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