A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou, nesta quarta-feira (31), que, ainda que a vacina contra a dengue signifique esperança diante da explosão de casos, ela não é a solução para o atual cenário epidemiológico devido à quantidade de imunizantes disponibilizados pelo laboratório fabricante.
Inicialmente, serão disponibilizadas apenas seis milhões de doses da vacina, o suficiente para imunizar três milhões de pessoas, já que o esquema vacinal completo conta com duas doses. O imunizante começará a ser distribuído na segunda metade de fevereiro.
“A vacina é nosso instrumento de esperança em relação a um problema de saúde pública que tem quase 40 anos. Finalmente, temos vacina. Temos que celebrar. Mas, a vacina, no quantitativo que o laboratório tem hoje para nos entregar e sendo uma vacina de duas doses, numa situação como a que vivemos hoje, não pode ser apontada como solução. Se o Ministério da Saúde fizesse isso, ele estaria errado. [A vacina] não pode ser apontada como solução para esse momento agora,” observou.
Controle dos focos
“Neste momento, agora, temos que lidar, principalmente, fazendo o controle dos focos e cuidando de quem adoece por dengue. Essas são as medidas. A vacinação vai seguir todos os critérios de prioridade que já divulgamos amplamente, definidos junto a estados e municípios, priorizando uma faixa da população. A faixa mais vulnerável é a população idosa, mas não temos vacina autorizada para essa faixa. Por isso eu digo: a vacina é um instrumento. Não é o único e não é o de maior impacto neste momento,” finalizou a ministra.
As informações são da Agência Brasil
