As jogadoras da seleção brasileira feminina de basquete retornaram ao país nesta terça-feira, após a conquista da medalha de bronze no Torneio Pré-olímpico das Américas confiantes. Sem conseguir antecipar a classificação do time para os Jogos Olímpicos de Pequim-208, mas com vaga garantida na repescagem classificatória do próximo ano, o grupo está seguro de obter mais uma participação olímpica.
“A gente tem totais condições de conseguir esta vaga”, diz, categórica, a ala Iziane. Preocupada em não perder a conexão para São Luiz (MA), ela conversou rápido com a imprensa, mas não deixou dúvidas quanto às possibilidades do grupo em sua última chance classificatória.
“Era mais difícil ganhar dos Estados Unidos (no Pré-olímpico continental, que classificou apenas o campeão para Pequim). No Pré mundial serão cinco vagas”, destaca.
Mesmo lamentando o fato de o Brasil não ter conseguido atingir sua meta principal em Valdívia, a ala não tem dúvidas que o grupo aprendeu lições importantes para seu próximo desafio. “Ficou a lição, o aprendizado. Esta competição foi importante para o time mostrar sua cara”.
Representante da nova geração convocada pelo técnico Paulo Bassul, a pivô Ísis concorda. “Agora é uma questão de tempo, mas vamos conseguir. Trabalhando nós vamos conseguir”.
O Pré-olímpico Mundial vai reunir 12 seleções entre os dias 9 e 13 de junho, em local ainda não definido. Além do Brasil, estão classificados para o torneio Cuba e Argentina, pelas Américas; Senegal e Angola, pela África; Fiji, pela Oceania, e Japão e Taiwan pela Ásia. Os quatro últimos participantes serão definidos esta semana no Pré-olímpico da Europa.
Para a ala Micaela, a proximidade entre a data de realização do torneio e o início das Olimpíadas não é um fator positivo. “Atrapalha um pouco porque não vamos ter muita folga”, confessa. “Mas já que não conseguimos agora temos de treinar para conseguir depois”.
No desafio mundial, a seleção brasileira contará com reforços importantes. A armadora Adrianinha, titular até o Pan, retorna ao grupo. Assim como a pivô Érika. Adrianinha pediu dispensa por motivos particulares. Érika, por causa de seus compromissos com a WNBA, não pode treinar com o grupo.
Além disso, o técnico Paulo Bassul também espera contar com a volta da pivô Kelly em boa fase. “A Kelly bem é uma jogadora imprescindível. Espero contar com aquela garra e envolvimento”.
Para quem já está com o grupo, os reforços serão mais que bem-vindos. “Vão ajudar muito”, destaca Micaela. “O time vai ser outro (em atitude)”, aposta.
A inclusão destas novas peças aumenta a possibilidade da equipe explorar as trocas de jogadoras com maior freqüência para manter uma marcação sempre forte sobre as adversárias. Especificamente no garrafão, Micaela acha que se resolve um problema.
No Chile, o pais tinha apenas a novata Graziane para jogar como pivô dentro do garrafão. “Ela estava sem troca e a Mamá (ala/pivô) estava tendo de ser cinco (pivô). Ela foi boa, mas vai ser melhor na posição de origem”.