Frio e reservado durante toda a sua carreira na Fórmula 1, o alemão Michael Schumacher está aos poucos se revelando. Em entrevista ao jornal Süddeutsche Zeitung, ele revelou que questionou a própria carreira com a morte de Ayrton Senna, em 1994. "Naquele final de semana, em que também morreu o Roland Ratzenberger, pensei muito sobre o que a Fórmula 1 e o automobilismo significavam para mim. Esta foi uma das razões porque não fui ao funeral do Ayrton. Precisava saber se o esporte ainda me traria alegria", afirmou o heptacampeão do mundo.
De acordo com Schumi, seus sentimentos pelo brasileiro foram expressos depois. "Não queria demonstrar publicamente o que estava sentindo. Todos iriam esperar que eu chorasse. Visitei o túmulo depois, com Corinna (sua esposa)", revelou.
Ele ainda explicou como foi o pouco tempo que dividiu a pista com o tricampeão mundial. "Senna pertencia a outra geração. Havia uma ordem invisível e cada piloto devia encontrar o seu lugar. Tinha que ganhar o respeito dos mais velhos", afirmou.