O estado de Santa Catarina é o que tem melhor índice de captação e doação de órgãos no país. Lá são 14 doadores por milhão de população. O estado tem seguido o modelo espanhol, sick considerado o melhor do mundo, patient com 30 doadores por milhão de população. As informações são da presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), pills Maria Cristina Ribeiro de Castro.
No Brasil, setenta mil pessoas aguardam na lista de espera por uma doação de órgãos. De acordo com a ABTO, o país realiza cerca de 17 mil transplantes por ano e é considerado modelo em número de transplantes realizados. Porém, o número de doações é baixo, 5 doadores por milhão de população (pmp). Este número representa menos de 25% da lista de espera. E Maria Cristina informou que nos últimos três anos as doações no país têm caído progressivamente.
Segundo a médica, no modelo de Santa Catarina sistema existem comissões dentro dos hospitais para receber pacientes em estado grave, com trauma de crânio, com derrame cerebral e que podem evoluir para morte encefálica, condição para a doação de órgãos.
“Essas comissões ajudam a identificar os potenciais doadores, notificar esse doador para Central de Transplantes da Secretaria de Saúde, manter esse doador em boas condições para que os órgãos funcionem bem até a retirada, conversar com os familiares e fazer todos os exames necessários até entregar o corpo para a família. Essas comissões têm sido muito úteis nesse processo e tem aumentado muito a capitação de órgãos em vários países”.
O coordenador do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, Abrahão Salomão, disse que a expectativa é adotar em todo Brasil medidas como as de Santa Catarina. Além disso, ele destaca que é importante ampliar o quadro de possíveis doadores e as campanhas que esclareçam a população. O coordenador explicou que o para aumentar a captação nos outros estados do país, é preciso reativar as Centrais de Notificação, Capacitação e Distribuição de Órgãos (CNCDO).
“É preciso reativar as centrais, todos os estados tem uma central de doação que se chama CNCDO. Cada central dessas tenta organizar o programa de transplantes na respetiva cidade e estado. Existem as CNCDO municipais e estaduais. Então estamos pensando em utilizá-las da maneira mais positiva. Isso é importante, um diálogo mais próximo com as centrais… para que a gente possa ampliar esse número de doações”.
Para doar órgãos não é necessário registrar nenhum documento. Vale lembrar que mesmo que a pessoa expresse em vida o desejo de doar algum órgão, de acordo com a legislação brasileira, a doação só acontece com a autorização é a família.